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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Do mesmo jeito?

E, finalmente, ele teve coragem de ir até lá. Bateu na porta incessantemente e chamou-a pelo nome. Sua impaciência era notável quando começou a gritar por desculpas e que não conseguia viver sem ela. Apenas a luz  da sala acendeu como resposta e ele ouviu passos em direção à porta. Teve um pouco de fé que ela iria o atender. - O que você tá fazendo aqui? – ela sussurrou no meio da noite. - Vim buscar você pra mim. – ele não conseguia controlar a emoção e falava alto mesmo, alto para todos escutarem. - Acho que você veio um pouco tarde. Não sinto saudade. - Não sente saudade do quê? Não sente saudade das brigas? Nem eu! - Vai embora. - Ainda gosto de você, do mesmo jeito. Abre essa porta... Vamos conversar. - Do mesmo jeito? - Sim. - Você ainda tem os mesmos sentimentos por mim? - Sim, claro que sim! - Vai embora. - Por quê? - Por quê? Eu te amava um pouco mais a cada dia, enquanto você me amava da mesma maneira. Isso é cruel demais... - M-mas... – ele não conseguia continuar. Do outro

Certa vez, encontrei uma princesa, e ela me contou alguns segredos.

Certa vez, encontrei uma princesa, e ela me contou alguns segredos. Mas antes de confessar o que ela me confessou, eu quero dizer que naquele dia o meu coração doía como ferida. Estava sentado na beira da estrada tentando esquecer o que me fazia sofrer, era como uma vida se perdendo em lágrimas doídas. Desejava saber o motivo da sua ida (sem despedidas) que me deixou assim: em plena agonia -  lamentações daquele amor que imaginei ser eterno. Talvez fosse difícil pra você ter um amor para toda vida e que os sonhos fossem apenas sonhados por mim, mas a verdade é que mesmo em sonhos podemos imaginar a pessoa que amamos do nosso lado, mesmo que quando acordemos estejamos sozinhos. Um dia chegamos à realidade. É ruim fechar os olhos e pensar em como ainda preciso de você, eras como a luz do meio-dia: Escaldante e indispensável. Eu preciso de você agora e você não precisa agora de mim. Nem cartas nem perfumes do seu corpo me deixou. Um coração aflito que sussurra pela saudade, sussurra pe

De asas preciso, amor meu.

O que é liberdade quando te tenho aqui? Me sinto presa ao teu sorriso: cheio de graça. Acho que preciso de asas, amor meu. Você já voou. Quero ficar solta. Quero asas. Voar: Vês? Se não, Me solta e ficarei livre. De asas preciso, amor meu. Vou te levar dentro do coração, onde não há nenhuma enganação  e lembrarei dos m omentos intensos que dividimos: uma só carne. Esquecerei dos choros e daquelas dores. Um novo amor já te tomou, Você já voou. Asas, preciso de asas. Quando te tenho aqui (ainda dentro de mim) tenho liberdade? Sem asas. Ps: Talvez esteja confuso... Mas é um desabafo. Estou tentando visitar os blogs queridos, minha net está horrível. Uma ótima noite para todos vocês.  Curte no face:  Blog Eppifania - Arianne Carla

Poderia?

Os dias estavam sendo iguais. O silêncio entre os corredores de casa me angustiava, mas tinha sido necessário. Preciso desse silêncio agora – sem especulações de um amor fugitivo. Ele fugiu e não quer mais voltar. Ele está com medo de sofrer novamente (sempre há momentos de sofrimentos na vida, mas esse levou choro, dores no peito e saudades). Sempre vou pra janela da sala. Sempre vou pro nosso sofá. Reencontro com nosso passado ainda vivo e cheio de forças para me consumir. Resisto. Aprendi a ser forte nas fraquezas e a ser leve.  Poder me entregar ligeira nas alegrias. Tentar voar mesmo não tendo asas e sonhar com algo que ainda não sei o que é. Estava tentando mergulhar dentro de mim mesmo, foi arriscado. Não sabia o que encontraria: Fiquei entre a vida e a morte. Uma corrida pela sobrevivência. Pelo caminho encontrei as lágrimas escorridas, elas estavam rasas pela solidão. —  Estamos aqui novamente. Prometemos, sem mesmo prometer, não repisar nos erros do passado. Os erros sempr

"Quando se ama...

“Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer  dentro de nós”. Clarice Lispector

Sorriso de tinta.

"Pai, esse seu sorriso nunca se desmancha" E ele teve medo de responder. Não queria revelar que o sorriso era de tinta e saía fácil; até com lágrima desmanchava o colorido do palhaço. E, naquele quarto apertado, uma promessa se findava: Que apesar da dificuldade, uma festa chegaria e jogaria fora toda tristeza dos últimos dias. Os olhos do garoto se iluminaram e o coração do palhaço se angustiou, quis controlar a emoção e o choro daquela imensa dor.  Como dizer que teve uma infância sofrida, sem sorrisos doces e sonhos de mentiras? Agora era homem de família e não queria continuar naquela vida, queria algo melhor pro seu filho, mas era difícil, ele sabia. Era palhaço para ganhar risos e assim escondia seu rosto sem sorrisos. O dinheiro não era suficiente para uma festa de caprichos e o garoto sonhava alto por um quarto cheio de presentes. Saiu do seu lar apressado e esqueceu-se de beijar sua mulher. Só conseguia pensar em como faria para que aquele ano tivesse p

Libera meu coração.

Ainda é aquela velha história: Você e eu, eu e você. Idas e vindas. Altos e baixos. Somos como dois assentos da montanha-russa – alguém senta sobre a gente, nos aperta, tira nosso fôlego e sempre nos suja, de alguma forma, isso sempre acontece. Ou pela sujeira feia mesmo ou aquele medo sujo. E, há momentos, que dói até limpar a sujeira. Ela está tão composta na gente que parece ser parte de nós, esquecemos que não. Eu quero que seja diferente. E diferença implica alguma mudança, uma distinção entre nós dois. Eu quero deixar de lado as coisas ruins: brigas, mentiras, falsos testemunhos, e, não quero mudar você. Suas peças são o que me definem nesse momento. Aquele seu sorriso nos meus momentos indiscretos; aquele abraço apertado depois de um dia chato e, o mais importante, seus olhos guiando os meus. Vou mandar um recado para o diretor-chefe que comanda minhas incertezas, dúvidas, medos, falta de coragem e o desacreditar:  Vou seguir o meu coração um pouquinho e eu tentarei conserta

Talvez, superar.

Há uma menina dentro de mim e ela nunca perde as esperanças. Mas ela sussurra: Fujo de corações machucados. Nesse momento, quero mais um pouco de esperanças, um pouco de renovo. Ela me ignora. Ela me vê como um livro infantil em sua estante: Ele está lá, ele quer ser lido, mas ela foge de histórias com finais de um   para sempre   e também foge daquelas histórias que tentarem ser um   era uma vez . O que me dói é a espera. Ainda espero algo surpreendente, um renovo, uma conquista, um sorriso. Mas, eles já se perderam há muito tempo, eu só perdi a passagem. Ainda acredito na minha menina. Vou querer levar nos meus sonhos nossas alegrias e tentar apagar – isso é impossível – as noites de agonia. Talvez, superar. Sabe dos momentos que nossos corações se enchiam de amor e tamanha era a felicidade pra um abraço? Saudade. Vou te dizer uma coisa: você não era meu mundo, você era minha pessoa. Aquele que não conhece apenas o Eu mundo, e sim, a minha verdade.   Não vamos criar nosso abismo.

"Noites Brancas e Outras histórias".

Chegou semana passada pela editora MartinClaret , o livro “Noites brancas e outras histórias, de Dostoiéviski”. Admito que sou uma viciada psicótica nesse autor e a editora foi super gentil comigo e enviou o exemplar. Recomendo – com toda certeza – esse livro nas férias. É rápida a leitura e você vai sentir o gosto de quero mais. Vi o lado romântico desacerbado do autor, coisa não tivera visto antes em seus escritos. Segue a resenha e boa leitura. É a narração em primeira pessoa de uma história de um ser anti-social, quase misantropo. No entanto, sua antipatia pela vida social é convincente. Não há como não sentir uma certa empatia pelo narrador. No final, uau!, é de tocar muito até mesmo o coração mais frio. Verossímil, interessante, nada rebuscado. Um texto para guardar na memória para sempre. A solidão vivida por pessoas que habitam grandes cidades é narrada por Dostoiéviski no livro  Noites Brancas . Em decorrência, vêm os sonhos de firmar relacionamentos fortes e duradouros. As