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Mostrando postagens de março, 2013

Em busca do re/começo guardado

      Hoje você perguntou sobre a minha vida e eu te respondi com um vai tudo bem. Você sabia que a resposta não era aquela e fingiu acreditar só para não termos entrado naquele nível psicológico de sinceridades absurdas. Mesmo já tendo ouvido respostas parecidas ou desculpas esfarrapadas sobre a mudança de humor ou o tédio daquele sábado de maio, tudo foi em vão. Parecíamos esgotados, na verdade, estávamos esgotados de tudo. Eu volto ao passado e paro no nosso primeiro capítulo. A sua personalidade me inquietava, aquele seu sorriso me tirava do sério e seu olhar parecia (ainda parece) uma obra de arte que me dá prazer em admirá-la por tanto tempo. Por um algum motivo, ainda não sei explicar o quê, me sentia interligada a você por inúmeros cordões: talvez porque eu caía sobre ti e me sentia livre, como uma libertação depois de uma falsa condenação.

A mulher anônima e uma arma

Before I Forget by Slip Knot on Grooveshark Despertador. Abriu seus olhos como se estivesse preparada para a batalha, mas era apenas mais uma manhã comum. Escovou os dentes, penteou seu cabelo, retocava aquele seu batom vermelho sangue. Sorriu  para o espelho e acariciou aquela imagem que se refletia pelo vidro. Ligou seu mp4 e saiu de casa ouvindo Slipknot. Não era seu estilo musical e não o escolheria escutar enquanto caminhava, mas era uma dica do seu namorado. Queria brincar um pouco com o destino: por todas as peças no caminho em qual queria e já saber do resultado. Se mostrou armadora das surpresas da vida e quis apenas seguir. Só não sabia, ou fingia, que nem todos os caminhos são livres de armadilhas e algumas podem ser fatais. Optou, como sempre, em deixar pra lá. A moça em questão, a mulher anônima, conhecera seu namorado numa lanchonete pela quinta a noite e demonstrou seu interesse num sorriso  tímido . Ela era garçonete, ele o cliente. "Por conta da casa",