Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2010

Último Beijo.

          Meu coração está queimando, o pôr do sol tirou minhas palavras, palavras que não seriam permitidas no momento ou não seriam propícias a você, não a você. Pois o tempo é estável ainda, semelhante à intensidade do meu amor. A tal qualificação monótona que é sobre você. Conseguiste superar as expectativas do meu coração, ele agora bombeia aceleramente quando te vê. E não apenas isso, ele comanda o meu rei e mesmo que ainda sua presença mecha loucamente comigo, eu sei disso e mesmo assim, não o controlo. Mas por que você está indo com apenas uma palavra? Não quero compreender o significado dela. Não quero imaginar o amanhã sem você. É amargo como cerveja para crianças. Mesmo com sua última cartada, você beijou meus finos dedos e isso significou sobre mim mais de mil palavras. E por isso eu nunca te esquecerei. Mesmo se nós estejamos em pedaços. Eu sempre me lembrarei, me lembrarei do nosso último beijo.      Sabe por quê? Por que todo mundo começa como um inocente, puro bebê

Recordações.

“Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no and