Reluzente eram os sorrisos maduros que se alongavam naquela tarde. Paravam e novamente caiam na gargalhada. Eis o motivo da euforia contínua: amizade. O amor que não é amante. A feição da fidelidade que leva a ternura um dos mais sublimes sentimentos da vida: o amor. Um abraço, um apoio e algumas lembranças acomodam o espaço preenchido pelo beijo carnal e a necessidade da posse para com outro indivíduo: o sexo. E tal qual eram os sorrisos que as três mulheres não se importavam ou desapercebia, alguns olhares desejosos da alegria. Eles mesmos quereriam pedi um pedacinho da felicidade com elas. A alegria tremenda era preenchida em três corações, em três amizades, digamos de passagem: inseparáveis? Na verdade se reencontravam, e agora, possivelmente, para jamais se separarem. Não teriam prometido assinado ou jurado a amizade eterna, elas acreditavam. E por acreditar, a possibilidade da palavra eterna era infinitivamente, absoluta. Seus cochichos eram desavergonhados e temiam que suas vergonhas fossem expostas ao público, dividiam os tesouros dos seus segredos e até seus medos para outra e esta, fazia semelhantemente para outra. E mesmo quando o desabafo era tranquilizador para uma, não se importava em receber o fardo da outra. Amigas. Amizade. Confiança. Suas experiências sexuais eram estudos para a outra, enquanto a possível experiente aprendia a ser um pouco mais vergonhosa na intimidade. E de novo cochichavam. E risos histéricos eram ofuscados por dedos graciosos das amigas. O reencontro. A saudade. A eternidade. Estavam ali e não desejavam mais sair. Suas energias eram invejadas para os inertes olhadores que se agraciavam para magnitude de suas alegrias. – Ah, o amor! - comentava uma, atrevo-me a dizer que seria uma graciosa mulata. – Ah, o sexo! – ofegava uma bela morena. – Ah, amizade – e todas caiam na gargalhada. – E o amor sem o sexo? – declarava uma. – É a amizade, mulher – e novamente desabrochavam na risada apreciadora. Elas mesmas descobriram que a sutilidade da conversa já teria sido comentada. Apenas por um detalhe, por outro grupo de amigas. O comportamento sexual, o desapontamento com o amor e a solidão ameaçadora, eram assuntos predominantes entre elas. O grande triunfal ápice do prazer também era grande cogitação no meio das conversadas e, claro das gargalhadas. – Ah, mais quando formos velhas... – defendia a morena, enquanto a outra lamentava chegar um dia de não ter mais apetite sexual pelo esposo. – É, Sabrina, quando formos velhas. Ou você já ta querendo achar outras maneiras na sua idade? Em nossas idades atuais tudo tem que ser feito exatamente esplendoroso. Para que nunca esqueçamos. – confirmava com bravura a mulata. – Quando formos velhas? – em dúvida perguntava Sabrina, ela era loura. E novamente todas caíram na gargalhada. Uma moça da multidão atreveu-se a chegar perto do cantinho da amizade, e atirou-lhes palavras nulas e sem respostas das amigas, repetiu-lhe as palavras e novamente fora esquecida. Impaciente tornou-se. Mas retornou a si. E novamente proferiu: - É hora do seu remédio, vovó. E novamente todas caíram na gargalhada da tarde de domingo.
Sem drama e nem morte. (risos)
Responderei os comentários anteriores hoje, desculpem a demora. Fico muito grata com todas as pessoas que leem meus textos e deixam suas críticas. Obrigada, pessoal. *-*
Vim te conhecer, sorrir é vida, feliz natal beijo Lisette.
ResponderExcluir"Não teriam prometido assinado ou jurado a amizade eterna, elas acreditavam." *-*
ResponderExcluirNada como ter uma , ou melhor, várias amizades verdadeiras. Um ombro amigo para chorar, sorrir e gargalhar. adorei ;*
ResponderExcluirAh tem selinho no meu blog pra você ;*
ResponderExcluirOi Anjo, muito bom o post! Tem selos aguardando por ti, bjs...
ResponderExcluiruahuahuahuhauhauhaa
ResponderExcluirQue engraçadinho! Muito fofo.. hoje eu tava falando com uma amiga minha sobre maus tratos aos idosos... como qualquer tipo de maus tratos eu acho um absurdo.. Mas com eles eu acho mais absurdo ainda.. Vi na tv.. uma noticia de uma mulher que tinha um asilo clandestino e fazia maus tratos com eles.. Aí eu penso: Imagina.. você viver toda a sua vida cheia de alegrias... ter filhos e netos e quando chega a hora de descansar e aproveitar tudo.. Vem uma alma infeliz e tira isso de você e você nem sequer CONSEGUE reagir.. indignação total!
Enfim.. como todos os outros, adorei o conto..
Beijos e continue assim ein!!
Ps: porque será que não consegue me seguir? ;/
adorei, é muito bom ter vaarios amigos ! eu adoro *--*
ResponderExcluirObrigada pelo carinho deixado no meu blog, adoro seus comentarios (:
beeijos
Adorei o texto flor. Tão leve, tão lindo. *-*
ResponderExcluirParabéns. E obrigada pelo carinho lá no blog, o seu também é um encanto, e estou sempre dando uma espiada por aqui. beijo :*
Oi, obrigado pela visita ao blog Intervalo..Teu blog é muito legal, estou te seguindo..Abraço!Bju..
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