. ( Acompanhe : Prólogo - Capítulo I - Capítulo II ) Era inverno. E, apesar do tempo frio, não chovia nem nevava na hora. Lembro daquele dia como se fosse um nascimento de outro. Encontrei duas vidas que se uniram em apenas uma e a necessidade de lhe contar esta história me acendeu. A moça, em questão, chamava-se Ana. Poderia defini-la como uma garota que arriscava-se em aventuras. Vivia no impulso que a vida lhe proporcionava, gostava da intensidade que as coisas lhe fluíam e o amor pela arte era uma característica que se achava nela. Sabia que tocava piano, seus dedos lhe condenavam isso e o amor pelos livros era descoberto ao vê-los em sua bolsa. Mas, quando a vi pela primeira vez, não tinha vida em seu semblante. Estava sentada no banco da praça apenas vendo a vida passar, a magia do seu rosto não tinha morrido, mas estava sem cor, sem brilho. Tinha batido uma vontade enorme de sentar-se ao seu lado e oferecer meu lenço como gentilez...