Pular para o conteúdo principal

Desabafo #II


    Eu tenho medo quando as palavras fogem de mim. Eu tenho medo de não estar usando corretamente elas. O usufruído do meu ser é incógnito. Desconhecido até por mim. Às vezes tenho receio do drama e outras do melancólico amor. Mas o que eu posso fazer se elas me usam assim? As palavras têm poder de mudar montes e pensamentos humanos, pois para cada pessoa existe uma escrita diferente. Para cada pessoa existe um conforto sem semelhança. Às vezes a morte me visita e abro espaços para o drama, outras vezes vejo o amor fluir momentaneamente e para não esquecer escrevo aqui. Às vezes às vezes às vezes. 



Comentários

  1. Mas só as vezes...

    Um lindo dia pra ti e um beijo enorme!

    ResponderExcluir
  2. Sabe que as vezes eu tb sinto esse medo? Mas depois passa e vejo que aquilo que escrevi foi realmente a essencia do que estava sentindo!!
    Bjooo!!

    ResponderExcluir
  3. Obrigada, moças! *-* Um lindo dia pra ti também, Pri! E outro beijo pra você, Sabrina.
    Ah, sim. Helio. *-* Acho que todos nós temos esse medo e como você mesmo falou: passa e vejo que aquilo que escrevi foi realmente a essência do que estava sentido!! *--*

    ResponderExcluir
  4. Oi amiga .. amei esse post , bem profundo .. olha te dediquei um selo olha lá beijos... (L

    ResponderExcluir
  5. Que lindo!!!! Muito emocionante, e muito bem escrito. Simplesmente adorei! Muito mesmo, haha.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  6. Nuss q tudo!! adoreei.. de verdade!
    beeeijos

    by:águia
    http://www.clicdaaguia.blogspot.com/

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente, opine, critique.

Postagens mais visitadas deste blog

Uma noite

03h00 da manhã.   O telefone toca. - Alô? - Te quero hoje. No mesmo lugar, às 20h00. - Vik?! É você? - Você sabe que sim. Te espero. - Espera! Fim da ligação. O que ele queria falar era que não dava mais. Não queria continuar alimentando aquele vício desenfreado. Fechou os olhos buscando alguma reação e esperando uma tal de coragem para impedi-lo de ir até ela, deixar pra lá. Mas não adiantou, a vida dele não deixava a dela partir. Pensou que conhecia o amor e que já tinha passado por suas fases: O encanto, a conquista, os carinhos mútuos, as decepções, as recaídas, as desilusões e o fim. É, ele pensou, mas quando conheceu a Vik, era   a Vik. Estava se completando ao decorrer dos dias, o seu sorriso saia fácil com ela. Sentia bem lá no fundo, por todo o seu corpo, que era correspondido. Era um amor real, um amor recíproco, um amor achado entre tantos desamores. Sentia-se vivo. Sentia-se moço. Sentia-se poesia. Era igual trança, se completavam da maneira certa. - Ah, Vik... – A vida bri

INFIDELIDADE

Lua cheia. Eles tinham combinado que essa seria a data, reencontros e pernoites. Desligavam os celulares, sumiam do mundo, ficavam incomunicáveis. Era o momento deles: esconderijo, toques, sussurros. Era tudo ou nada. Ignoravam as opiniões e se abrigavam um noutro. Ela abriu a porta com o sorriso dele, ele não falou nada, apenas agarrou-a nos braços e disse que ela era sua. Entrelaçaram seus dedos e prometeram coisas que não se promete entre quatro paredes. Seus corpos colados, bocas entre suspiros, aquela respiração ofegante – caminhos para o pecado. A cama parecia estar acostumada com eles e com a sua bagunça; não sentia-se mais o cheiro dos perfumes das perfumarias, agora era o cheiro deles. E, entre encaixes e desencaixes, ele a olhou e a fez prometer que apenas seriam eles. Uma súbita troca de votos em meio do furor da carne. Ela prometeu. Uma mulher que tinha liberdade que o causava medo, não conseguia controlar. Um impulso perigoso. Um rapaz que tinha jogos onde as regras er

As minhas aventuras com Eduardo Galeano l Resenha #01

Memorizar datas sempre é uma tarefa difícil para mim, por isso que eu não quero arriscar uma data específica do dia que conheci, de fato, o escritor Eduardo Galeano. Chuto dizer que o conheci em meados de 2010, e o lugar do encontro não poderia ter sido melhor: numa biblioteca pública do estado de Pernambuco, localizada no centro da cidade do Recife. Foi através de um amigo que pude conhecer Galeano e os seus infinitos abraços através de grandes histórias.   Uruguaio, Eduardo Galeano (1940-2015) traz em seus textos uma mistura de inquietações que nos são poeticamente compartilhadas. A beleza, a emoção e o sofrimento sendo descritas em poucas linhas e que nos transbordam com reflexões. A minha primeira leitura de Galeano foi “O Livro dos Abraços”, da editora L&PM, com tradução do Eric Nepomuceno. E, segundo o tradutor, Galeano foi o único escritor a revisar com ele todas as linhas das obras traduzidas antes de serem oficialmente publicadas no Brasil. Isso mostra o carinh