Pular para o conteúdo principal

Desabafo #XIX

305172_143823519054532_100002806534930_130754_1507366922_n_large

Ainda aquela história do meu amor pelo Romeu? Não creio no sentimento morto, sem vida. Não creia nas mentiras inventadas para sua consolação. Não quero um Romeu e nem desejo ser uma Julieta, quero um amor ainda nessa vida. Criar expectativas diferentes pode nos surpreender – desmoronar como um precipício e não ter mais volta. Cheguei a fechar os olhos e imaginar aquele mundo perfeito – sem maculas ou injúrias – com apenas nós dois. Imaginei um pouco mais e vi: nós dois felizes de mãos dadas, apaixonados. Sem beijos sem amasso, mas o sentimento nos ligando com o mesmo toque. Contudo, fostes bombardeando cada coluna que ainda nos segurava. O arranha-céu do precipício estava no chão e as lembranças em meio à poeira de um amor que nunca existiu. Observei tudo àquilo de longe e ainda pude sentir a fumaça me matando; era aos poucos – sem brilho e logo sem reação – sem milagres para o meu espírito. Mas não somos Romeu e Julieta e você me negou um amor menos infantil.

Curta o blog no Facebook:  Página do Epiffania

Comentários

  1. Sabe o que de fato me chamou a atenção? Seu perfil.
    Você escreve e tem coisa melhor do que isso? Eu ainda não descobri.

    Quanto ao amor Romeu E Julieta, é uma coisa cafona sem fim, as pessoas sonham com amores infinitivamente perfeitos, sendo que no fim, quem fica ao nosso lado é aquele amor tranquilo, nada perfeito porém amigo.

    Parabéns pelo blog. Estou lhe seguindo.

    ResponderExcluir
  2. Gostei bastante do seu Blog..

    Seguindo.

    ResponderExcluir
  3. muito bonito o texto

    http://rocknrollpost.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  4. Muito bom o texto, me lembrou Romeu, do Agridoce, conhece?
    Vou ler mais textos do blog, adorei conhecer, e parecem ser legais!
    Até mais! (:

    ResponderExcluir
  5. @poeticadepensee
    Não conheço, mas já estou pesquisando aqui, viu? Ah, e pode ler. As críticas sempre são bem vindas. ^^

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente, opine, critique.

Postagens mais visitadas deste blog

Uma noite

03h00 da manhã.   O telefone toca. - Alô? - Te quero hoje. No mesmo lugar, às 20h00. - Vik?! É você? - Você sabe que sim. Te espero. - Espera! Fim da ligação. O que ele queria falar era que não dava mais. Não queria continuar alimentando aquele vício desenfreado. Fechou os olhos buscando alguma reação e esperando uma tal de coragem para impedi-lo de ir até ela, deixar pra lá. Mas não adiantou, a vida dele não deixava a dela partir. Pensou que conhecia o amor e que já tinha passado por suas fases: O encanto, a conquista, os carinhos mútuos, as decepções, as recaídas, as desilusões e o fim. É, ele pensou, mas quando conheceu a Vik, era   a Vik. Estava se completando ao decorrer dos dias, o seu sorriso saia fácil com ela. Sentia bem lá no fundo, por todo o seu corpo, que era correspondido. Era um amor real, um amor recíproco, um amor achado entre tantos desamores. Sentia-se vivo. Sentia-se moço. Sentia-se poesia. Era igual trança, se completavam da maneira certa. - Ah, Vik... – A vida bri

INFIDELIDADE

Lua cheia. Eles tinham combinado que essa seria a data, reencontros e pernoites. Desligavam os celulares, sumiam do mundo, ficavam incomunicáveis. Era o momento deles: esconderijo, toques, sussurros. Era tudo ou nada. Ignoravam as opiniões e se abrigavam um noutro. Ela abriu a porta com o sorriso dele, ele não falou nada, apenas agarrou-a nos braços e disse que ela era sua. Entrelaçaram seus dedos e prometeram coisas que não se promete entre quatro paredes. Seus corpos colados, bocas entre suspiros, aquela respiração ofegante – caminhos para o pecado. A cama parecia estar acostumada com eles e com a sua bagunça; não sentia-se mais o cheiro dos perfumes das perfumarias, agora era o cheiro deles. E, entre encaixes e desencaixes, ele a olhou e a fez prometer que apenas seriam eles. Uma súbita troca de votos em meio do furor da carne. Ela prometeu. Uma mulher que tinha liberdade que o causava medo, não conseguia controlar. Um impulso perigoso. Um rapaz que tinha jogos onde as regras er

Eduardo e Mônica*

Fim de tarde. Ônibus lotado. Legião Urbana. A menina ouvia sua música predileta enquanto lia seu livro predileto, o menino ouvia sua música predileta enquanto segurava sua ânsia de chegar em casa e ligar seu computador para jogar. Ela estava sentada e mergulhava dentro do seu mundo, ele estava em pé e seus dedos inquietos rebatiam o apoio do ônibus.  Sinal verde, sinal amarelo, poff... O ônibus freou e aquele mp3 velho do menino caiu sobre o livro aberto da menina. Os passageiros tentaram se recompor, mas os ouvidos da garota captaram a música daquele mp3 velhinho. O menino se desculpou, ela disse que ele não tinha culpa e sorriu. Ele não tinha jeito para sorrisos e, quando sorriu, ela notou que era verdadeiro.  O velhinho do lado da menina ficou brabo e se levantou para resmungar contra o motorista, ele não tinha nada a ver. Senta do meu lado, convidou a menina. Ela não sentiu vontade de saber tudo sobre ele naquele momento, ela só queria tentar roubar outro sorriso dele. O velhinho