Pular para o conteúdo principal

30days: 9. To-torta.


De tantos lugares para ir,
De tantas escolhas que decidimos,
Optamos pelo mais difícil e amargo caminho: a distância.
Você lá,
E eu cá,
procuramos nas estrelas um modo de nos encontrarmos.
Mas sem respostas.
Sem som.
No céu não há nossa resposta nem na nossa boca.
Nosso caminho parece torto,
torto como madeira torta e sem vontade.
Eu sou torta e você tão ereto.
Impossíveis.
Seguimos por outros caminhos. Tortos.
To-torta.






30 dias de escrita, dia 9 (Escreva um poema)
Obs: É, eu tentei né...
Você deve estar se perguntando "Cadê o texto do dia 08?" Mas não se preocupe! Ontem o tema era "Um lugar que você gostaria de visitar" e postei a resposta lá na page do blog >"30days: 8. São Paulo"

Comentários

  1. Eu li o texto - poema, whatever - pensando em torta de bombom.
    Alma de gorda? CAPAZ!

    ~mas sim, tá lindo, só que né? desnecessário dizer; é claro que tá lindo, foi você quem escreveu~

    ResponderExcluir
  2. Gostei do poema. Só não gostei do luugar do dia 8. Por que não o Rio de Janeiro? É mais bonito! kkkkkkkkkk PAREI, PAREI.

    BEIJINHOS

    www.spiderwebs.com.br

    ResponderExcluir
  3. Gostei muito desse poema
    Adorei o blog

    Beijos

    http://sonhodeoutubro.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  4. Duas linhas paralelas, porém divergentes, uma reta a outra se perde para a direita e segue sua rota, mesmo sem querer.

    Vou concordar com a Mia em dizer. "é claro que tá lindo, foi você que escreveu"

    Beijão, Arih!
    www.eraoutravezamor.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. May, como sempre embelezando os comentários!
      Obrigada, flor. ^_^

      Excluir
  5. até que eu gostei rs. fico simples mas sincero. Acho que todo passa por essa fase na vida. bjs

    ResponderExcluir
  6. Gostei muito desse poema
    Adorei o blog
    Beijos
    http://umtoqueamaisfeminino.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente, opine, critique.

Postagens mais visitadas deste blog

Eduardo e Mônica*

Fim de tarde. Ônibus lotado. Legião Urbana. A menina ouvia sua música predileta enquanto lia seu livro predileto, o menino ouvia sua música predileta enquanto segurava sua ânsia de chegar em casa e ligar seu computador para jogar. Ela estava sentada e mergulhava dentro do seu mundo, ele estava em pé e seus dedos inquietos rebatiam o apoio do ônibus.  Sinal verde, sinal amarelo, poff... O ônibus freou e aquele mp3 velho do menino caiu sobre o livro aberto da menina. Os passageiros tentaram se recompor, mas os ouvidos da garota captaram a música daquele mp3 velhinho. O menino se desculpou, ela disse que ele não tinha culpa e sorriu. Ele não tinha jeito para sorrisos e, quando sorriu, ela notou que era verdadeiro.  O velhinho do lado da menina ficou brabo e se levantou para resmungar contra o motorista, ele não tinha nada a ver. Senta do meu lado, convidou a menina. Ela não sentiu vontade de saber tudo sobre ele naquele momento, ela só queria tentar roubar outro sorriso dele. O velhinho

As minhas aventuras com Eduardo Galeano l Resenha #01

Memorizar datas sempre é uma tarefa difícil para mim, por isso que eu não quero arriscar uma data específica do dia que conheci, de fato, o escritor Eduardo Galeano. Chuto dizer que o conheci em meados de 2010, e o lugar do encontro não poderia ter sido melhor: numa biblioteca pública do estado de Pernambuco, localizada no centro da cidade do Recife. Foi através de um amigo que pude conhecer Galeano e os seus infinitos abraços através de grandes histórias.   Uruguaio, Eduardo Galeano (1940-2015) traz em seus textos uma mistura de inquietações que nos são poeticamente compartilhadas. A beleza, a emoção e o sofrimento sendo descritas em poucas linhas e que nos transbordam com reflexões. A minha primeira leitura de Galeano foi “O Livro dos Abraços”, da editora L&PM, com tradução do Eric Nepomuceno. E, segundo o tradutor, Galeano foi o único escritor a revisar com ele todas as linhas das obras traduzidas antes de serem oficialmente publicadas no Brasil. Isso mostra o carinh

O nome dela é Júlia

Vagalumes Cegos by Cícero on Grooveshark      O cheiro dela sempre estava em mim. Eu, deitado naquela minha rede barata na varanda, escutei suas batidas na porta. Como sabia que era ela? É porque ela batia sem espaço de tempo, como se estivesse fugindo da morte e ali era a salvação. Fui montando o meu sorriso que era dela e chamei de meu dengo.  Encaixei meus dedos nos dela e a puxei ao som de Cícero.   Não, isso não acontecia todos os dias e nem sempre meu humor estava naquela medida, mas esqueci de mim um pouquinho e brinquei com ela.  Dancei com ela durante alguns segundos: aqueles seus olhos fechados, corpo leve e sorriso nascendo. Ainda não disse o nome dela, não foi? O nome dela é Júlia. Júlia de 23 anos, ainda voava como criança e tinha um dom de pintar um quadro mais louco que o outro. Finalmente ela ficou sem fôlego e correu para cozinha. Escutei da sala a geladeira se abrindo e a água sendo colocada num dos copos americanos.