Pular para o conteúdo principal

Desabafo #VI

21539_ee5fbe37468f756c8964d611a25064b9_web_large


Não quero um amor cego. Quero um amor vivo e com suas devidas expectativas intactas. Sou constituída por matéria e não pôr efusivas emoções – aprecio o belo da vida e o anseio da verdade. Por que a cada dia retrocedemos à vida e prosseguimos ao infinito. As emoções ainda me abalam como uma forte chuva ao meio da correnteza. Por que não estou no mundo para agradar-te e nem para ser agradada. Estou aqui para viver. Agora viver o quê? A matéria que fora pulsada em mim involuntariamente? A matéria que sem pena destrata todo um passado prazeroso. Prazer... Uma palavra que corresponde a todos os efeitos conquistados, no entanto, mas conhecida como um arrepio avassalador por todo o seu corpo. Sinta o arrepio. 


(Arianne   Barromeu)

Comentários

  1. Eu sinto o arepio !kkkkkk

    ResponderExcluir
  2. Faz sentido...
    Você escreve muito bem, continue assim.
    retribuindo a visita to seguindo tb.

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. Viver tem que ser uma grande troca de agrados ou de ofensas?

    a vida será que tem que ser alguma coisa:?

    ResponderExcluir
  5. Arih, seus textos como sempre me surpreendem cada vez mais. É como se cada vez que eu passasse meus olhos por aqui, uma emoção diferente tomasse conta de mim. É como se as mesmas palavras sequenciadas em ordens diferentes tivessem efeitos controvérsios, mas cada um com seu tom original e único.

    Grande Beijo;

    ResponderExcluir
  6. Arianne, seguindo aqui também com toda a certeza :D

    Seu blog é maravilhoso e com mais tempo vou acompanhar as outras postagens *-*

    beijãoo e sucesso sempre :D

    ResponderExcluir
  7. Um lindo texto! Espero que esse amor, bem vivo, apareça na tua vida, linda. :)

    ResponderExcluir
  8. Mais uma vez adorei a tua escrita, Ari. És tu mesmo na foto do perfil? Está linda (:

    Olha, indiquei um lindo selinho para ti, espero que gostes. Não esqueça de passar em meu blog para buscá-lo!

    Beijos.

    Com amor,
    Cynthia **

    ResponderExcluir
  9. Ah como seria bom se sentíssemos arrepios em TUDO o que fazemos... sem medo :D

    Muiiito obrigada pelo comentário no Blog, adorei *-*

    Vou ficar por aqui também ;D

    ResponderExcluir
  10. Arianne, muito bom! As vezes poucas palavras dizem muito mais que as muitas.. "Uma palavra que corresponde a todos os efeitos conquistados, no entanto, mas conhecida como um arrepio avassalador por todo o seu corpo. Sinta o arrepio. "

    Amei, bjs ;*

    ResponderExcluir
  11. Adoro o modo como as suas palavras nunca terminam, embora, o texto se encerre. Elas me fazem arrepiar assim, e de maneiras sempre diferente. As vezes por sua extrema intensidade, outras por tamanha beleza, outras vezes um arrepio mais leve de admiração. É sempre brilhante ler-te e sentir-te.
    Grande beijo querida, és uma ótima escritora!

    ResponderExcluir
  12. Linda tua escrita envolvente e inteligente! bjs moça!

    ResponderExcluir
  13. Foi dos textos mais lindos que li :)
    Escreves muito bem ^^

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente, opine, critique.

Postagens mais visitadas deste blog

Eduardo e Mônica*

Fim de tarde. Ônibus lotado. Legião Urbana. A menina ouvia sua música predileta enquanto lia seu livro predileto, o menino ouvia sua música predileta enquanto segurava sua ânsia de chegar em casa e ligar seu computador para jogar. Ela estava sentada e mergulhava dentro do seu mundo, ele estava em pé e seus dedos inquietos rebatiam o apoio do ônibus.  Sinal verde, sinal amarelo, poff... O ônibus freou e aquele mp3 velho do menino caiu sobre o livro aberto da menina. Os passageiros tentaram se recompor, mas os ouvidos da garota captaram a música daquele mp3 velhinho. O menino se desculpou, ela disse que ele não tinha culpa e sorriu. Ele não tinha jeito para sorrisos e, quando sorriu, ela notou que era verdadeiro.  O velhinho do lado da menina ficou brabo e se levantou para resmungar contra o motorista, ele não tinha nada a ver. Senta do meu lado, convidou a menina. Ela não sentiu vontade de saber tudo sobre ele naquele momento, ela só queria tentar roubar outro sorriso dele. O velhinho

O nome dela é Júlia

Vagalumes Cegos by Cícero on Grooveshark      O cheiro dela sempre estava em mim. Eu, deitado naquela minha rede barata na varanda, escutei suas batidas na porta. Como sabia que era ela? É porque ela batia sem espaço de tempo, como se estivesse fugindo da morte e ali era a salvação. Fui montando o meu sorriso que era dela e chamei de meu dengo.  Encaixei meus dedos nos dela e a puxei ao som de Cícero.   Não, isso não acontecia todos os dias e nem sempre meu humor estava naquela medida, mas esqueci de mim um pouquinho e brinquei com ela.  Dancei com ela durante alguns segundos: aqueles seus olhos fechados, corpo leve e sorriso nascendo. Ainda não disse o nome dela, não foi? O nome dela é Júlia. Júlia de 23 anos, ainda voava como criança e tinha um dom de pintar um quadro mais louco que o outro. Finalmente ela ficou sem fôlego e correu para cozinha. Escutei da sala a geladeira se abrindo e a água sendo colocada num dos copos americanos.

Numa dessas prévias de carnaval

           O dengo dela era farsa. Tudo o que eu descobri foi um sorriso de criança que se apaixonava pelos motivos errados. Amiga dos meus amigos, minha amante nas drogas. Não sei ao certo a idade que ela tinha, mas vendo pelo lado da sua irresponsabilidade e da depressão escondida por trás daquela máscara, eu arrisco uns 20. Morena, uns 1,60 de altura, leve como uma pluma (uns 44 kilos) e olhos que me revelavam tudo e ao mesmo tempo nada. Olhos que me inquietavam. Na verdade, sendo direto a esse ponto, seus olhos eram cor de mel. A encontrei quando estava sendo arrastado por um bloco e ela por outro - e, naquelas ruas do Recife, nos deparamos. Numa dessas prévias de carnaval, ela sorriu com cinismo e me puxou para o clima dela. Me fez dançar toda aquela tarde escaldante, e não cansei. Não cansei de estar perto daquela menina perdida e sem previsão de saída. Ela tinha toda aquela energia que me deixava com vontade de ficar. Uma personagem completamente perdida no mundo das fantas