Pular para o conteúdo principal

Queria saber

  
Gostaria de entender um pouco mais. Saber que a saudade vai além dos quilômetros de distância e que não a mataria apenas por alguns minutos no telefone ou declarações escritas com palavras avassaladoras por envio duma carta. Entender um pouco mais sobre o significado exato do amor – ele é do bem ou do mal – uma dádiva, uma entrega ou apenas sussurros ao escuro da noite. Compreender que um toque vai além das palavras amorosas. Ele entrega todo o seu corpo. Mostra as provas do arrepio e seu sentimento é exposto do mais profundo esconderijo que ele poderia estar. Nos vasos dum coração. Ou seria nas explosões dum neurônio ou no baú mais secreto da nossa mente? Vou contar um segredo: tentei mergulhar o mais fundo possível, percebi que a calamidade do espaço percorrido entre nós era ainda mais perspicaz.  A teoria do meu espaço era lamentável – onde estava não podia sentir você – apenas podia lembrar seus sussurros no meu ouvido, nada mais além disso. Inconcebível era o seu toque, esplêndido era sentir a voz grave e roca ao meu ouvido.  Este fato é incompreensível e queria que se tornasse compreensível. Preferia palavras certas do que sussurros incertos, mas parece que meu corpo apenas responde ao teor dos suores expostos dos nossos corpos. Não desejei o impulso inconsequente e sim a pulsação corrente. Quero um pouco mais dos sussurros. A teoria do conjunto me agradaria bastante, pois a prática eu conheço e a química ainda não respondeu a minha física.

 
Oi. Primeiramente muito obrigada por está lendo este pequeno aviso, ele será muito importante para esclarecer algumas coisas sobre mim – blogueira. Para felicidades de muitos – a minha felicidade se resume em trilhões, no caso a felicidade de muitos que citei é o muito dos meus trilhões. Estarei constante no meu blog, agora a única coisa não muito boa é: visitarei os blogs vizinhos e novos blogueiros apenas no final de semana. É. Breve explicação: Durante a semana postarei por aqui, mas será bem corrido. Aulas, curso, outro curso e atividades afins estarão me perseguindo diariamente. E essa foi à única maneira (por enquanto) que achei para não ficar longe de vocês. Bem, espero que vocês entendam e continuem gostando do blog apesar de tudo. Abraços, Arianne Carla.                                                  

Comentários

  1. Meu fragmento preferido do seu texto, é este: "Preferia palavras certas do que sussurros incertos, mas parece que meu corpo apenas responde ao teor dos suores expostos dos nossos corpos." E aí entendo o seu clamor - cARla amor - para que o toque não se reduza às palavras ditas e ouvidas. O toque está no sussurro, no suor. Mas embora prefira as palavras certas aos sussurros incertos, são esses próprios sussurros que são lembrados, são exatamente deles que você quer mais um pouco.... sempre! Um abraço! Adorei!

    ResponderExcluir
  2. Que maravilha seu texto, pude compreender sentimentos que eu também tive.
    "Vou contar um segredo: tentei mergulhar o mais fundo possível, percebi que a calamidade do espaço percorrido entre nós era ainda mais perspicaz. A teoria do meu espaço era lamentável – onde estava não podia sentir você – apenas podia lembrar seus sussurros no meu ouvido, nada mais além disso."
    É isso, exatamente isso o que eu vivi e nunca iria conseguir expressar assim como você. Adorei sua maneira de escrever, seu texto está ótimo. Quanto à sua sugestão no meu blog, primeiramente obrigada por ela... tenho que concordar com você. Rs. Vou parar pra mudar qualquer hora.
    http://claudiaalvesinteriores.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  3. muito bom, escreves muito bem.
    Muito difícil alguém encontrar as palavras certas para falar sobre o amor, sendo ele tão incompreensível e ao mesmo tempo tão simples!!

    Parabéns pelo Blog

    http://clarissaeletras.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  4. Sábado!
    Finalmente um dia de sol...
    e eu aqui espreguiçando,tomando um café, na companhia de seus textos ..
    Nada mais aprazível ..

    Bom dia moça, um ótimo carnaval pra tí.. ( eu fico por aqui).

    ResponderExcluir
  5. Cara você escreve muito bem!
    Adorei o final " A teoria do conjunto me agradaria bastante, pois a prática eu conheço e a química ainda não respondeu a minha física.!" Lindo *--*

    ResponderExcluir
  6. Texto muito bom, você escreve de uma forma impecável. Parabéns pelo blog, muito bem feito. :)

    ResponderExcluir
  7. oi segue meu blog ae http://jgcoisas.blogspot.com/ seu blog é otimo... otimos textos.

    ResponderExcluir
  8. Belíssimo texto, Arianne. Estou lhe seguindo também. Sucesso à você.

    ResponderExcluir
  9. Olá! Ah... Ser comparada a Clarice Lispector pode não ser nada. Talvez uma mera associação. Ou quem sabe, exibição de conhecimento de quem comparou no comentário? Fique sossegada, minha estorinha nada tem dela. Mas enfim, não é possível evitar estranhas comparações de quem lê. Concordo com você sobre, ao querer ler algo sobre sexo, não escolheria o meu conto para ler. Sabe por quê? É que apesar do título que eu escolhi seja "Sexo", o meu conto não é sobre sexo. beijão!

    ResponderExcluir
  10. Gostei muito.
    Ao menos contnuaremos a te ler semanalmente.
    beijos

    ResponderExcluir
  11. "Nos vasos dum coração."
    Arih, essa foi uma das citações que se impactaram em meu ser de forma tão abstrata e concreta ao mesmo tempo. Eu também queria saber mais sobre essas coisas, além do que já foi nos acostumado a se conformar com aquela explicação tão vazia, ou aquela outra tão somente de desejos.
    Ah, como me assustei ao vim aqui em seu blog e ver a seguinte frase: "Em manuntenção!" Pensei: "Meu Deus, será que ela e seus textos que tanto gosto de ler irão me abandonar?"
    Meio dramática eu né? Sei... tenho essa essência tão clichê! rsrs.
    Mas, não me importo que você não possa estar indo sempre em meu blog, basta que você continue postando aqui seus textos, isso já é o suficiente.

    Grande beijo Arih!

    ResponderExcluir
  12. Fico feliz que goste daquilo que eu escrevo. É muito importante! Como assim parceria?

    Compreendo que o tempo ande corrido mas isso não a impede de postar palavrinhas que me façam suspirar. Está mesmo muito lindo este seu post. A saudade dói a todos não é verdade? :x

    Um feliz fim-de-semana e carnaval! :)

    ResponderExcluir
  13. Texto lindo !! Você escreve bem demais.
    "Entender um pouco mais sobre o significado exato do amor – ele é do bem ou do mal – uma dádiva, uma entrega ou apenas sussurros ao escuro da noite."
    amei.
    estou seguindo voce. :*

    ResponderExcluir
  14. aah, eu sou extremamente sensível ao toque. arrepios, arrepios.

    obrigada pela visita e comentário ;D

    ResponderExcluir
  15. ah, e puxa, esqueci.
    Pernambucana *--*

    ResponderExcluir
  16. Arianne, primeiramente tenho que dizer que adorei o texto. O amor é mesmo incompriencível, com multiplas faces.
    Também é a primeira vez que tenho o prazer de dar uma olhada aqui no seu cantinho. Tenho que te agradecer pela visita lá no meu blog, porque assim descobri o seu também.
    Com certeza voltarei, por aqui...
    Tô seguindo, se puder segue lá também (:

    ResponderExcluir
  17. Oi Ari, belo texto e excelente blog. As matérias são muito bem escritas, não conhecia ainda. Parabéns e um abração pra ti.

    ResponderExcluir
  18. ''Não desejei o impulso inconsequente e sim a pulsação corrente.''

    Que lindo texto!
    Estava com saudades de passar por aqui *-*

    Beijos!

    ResponderExcluir
  19. "Preferia palavras certas do que sussurros incertos..." Perfeito!

    Linda postagem!

    ResponderExcluir
  20. otimo texto pra começar minha tarde k
    parabens pelo blog
    beijos
    http://www.bebellima7.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  21. "Ou seria nas explosões dum neurônio ou no baú mais secreto da nossa mente?"

    essa frase foi FODA!

    texto lindo, parabéns!

    ResponderExcluir
  22. Lindo, excepcional *-*
    As linhas deste texto foram muito bem suavizadas. O percorrer das palavras foi humilde ao relatar a "pulsação corrente", os toques que por sinal vão além de palavras amorosas, o segredo...
    Friccionaste um anel no decorrer de todas as palavras, e os detalhes circundaram instantaneamente ao seu redor. A organização está ótima. Não há erros ortográficos, não que sejam perceptíveis, e olha que eu já li três vezes (:
    Para ser sincera o texto ficou perfeito, numa junção metafórica de uma melodia,de uma poesia, de uma história de amor, de um desabafo, de uma teoria de vida. Adorei! Parabéns, Arih. Está lindo.

    Ah, ainda não havia percebido que não me seguias. Mas, tudo bem, isto acontece, também já passei por isto com relação à outros blogues...

    Mas, de qualquer forma, obrigada por seguir e fico feliz que tenhas gostado. E muitíssimo obrigada pela visita, é sempre ótimo te receber em meu jardim. Ah, minha flor, e não poderia deixar de comentar sobre o que vi de novo por aqui. Bom, primeiramente, o banner. Está lindo, todas as fotos estão muito bem organizadas, e o efeito de "escala de cinza' ficou super legal, trouxe uma aparência muito boa. Ficou tudo bem organizadinho, o link do blog, o título, e a foto da moça (é você?) que por sinal está linda. O que deixou o blog muito mais "sensual", esta talvez seja a palavra certa!
    A frase de sua autoria que encontra-se na aba direita do blog também ficou f*da no blog. Gostei muito. E aliás me identifiquei demasiadamente com a parte de "ou apenas eu escreva essências".
    O link-me do blog também está um arraso, vou postar imediatamente em meu blog. Amei (:
    E o plano de fundo cinza, que consequentemente, tem tudo a ver com o blog, a cor não chama a atenção e nem é muito reprimida. Está lindo e simples! Amei também!

    bom, desculpa por falar/escrever demais :x Sou mesmo uma tagarela. rsrs

    Beijos, Arih e bom carnaval!

    Com amor,
    Cynthia ;*

    ResponderExcluir
  23. Arih, fico aqui me perguntando como é possível caber tanto em tão poucas linhas. Acredito piamente que essas poucas palavras seriam capazes de encher o Coliseu, sim, todo o Coliseu romano.
    Quando começo a ler, admirar, deleitar-me em seus textos, eu coloco a frente da primeira palavra exposta o verbo sentir, porque não há outro modo de enxergar a sua escrita se não deste.
    Esse texto, com o qual você nos agracia, está intento de uma maneira avassaladora, sinto daqui o sangue pulsando na veia de cada linha, e não é exagero, é real, é vivo. E eu sinceramente vejo vida aqui, vejo amor, porque para escrever dessa maneira não se pode sentir outra coisa que não seja amor.

    "Compreender que um toque vai além das palavras amorosas. Ele entrega todo o seu corpo. Mostra as provas do arrepio e seu sentimento é exposto do mais profundo esconderijo que ele poderia estar. Nos vasos dum coração."

    Palavra certa não há para descrever o quão fantástico é o efeito que os seus textos me causam.

    Beijo grande.

    ResponderExcluir
  24. Como gosto sempre de ler-te! Expressas as tuas ideias usando palavras mesmo marcantes. :)
    Beijinho :)

    ResponderExcluir
  25. "Sussuros incertos." sempre se encaixam melhor no peito!

    E quanta doçura descrita por aqui.
    beijos

    ResponderExcluir
  26. "...meu corpo apenas responde ao teor dos suores expostos dos nossos corpos."
    Lindo, Arianne...
    Texto de uma complexidade poética leviana...mergulhamos juntos quando lemos..
    Parabéns

    ResponderExcluir
  27. escâncaro as verdades que me faltam nada mais.

    ResponderExcluir
  28. http://paradigmasuniversal.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  29. Adorei teu blog,da hora a postagem
    Iupii,seguidra 300.
    Seguindo ta,se puder segue ai?
    http://beautyblack2.blogspot.com/
    bjs
    =^.^=

    ResponderExcluir
  30. Querida,
    uma pena não ter tempo. Acho que o título do seu blog me intimidou na tentativa de descrevê-lo. Porém, está lá, não como queria[(ben)dito perfeccionista].
    Depois me diga o que achou,
    e mande notícias.
    Beijos,
    Poonche.

    ResponderExcluir
  31. Acho que se o amor tivesse um significado exato, ele seria qualquer outra coisa, menos amor.

    ResponderExcluir
  32. "Ele entrega todo o seu corpo. Mostra as provas do arrepio e seu sentimento é exposto do mais profundo esconderijo que ele poderia estar. Nos vasos dum coração. Ou seria nas explosões dum neurônio ou no baú mais secreto da nossa mente?"


    AAAAAI, que liindo!Adorei!
    Beijos meus

    ResponderExcluir
  33. gostei, muito lindo, beijo ;*

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente, opine, critique.

Postagens mais visitadas deste blog

Eduardo e Mônica*

Fim de tarde. Ônibus lotado. Legião Urbana. A menina ouvia sua música predileta enquanto lia seu livro predileto, o menino ouvia sua música predileta enquanto segurava sua ânsia de chegar em casa e ligar seu computador para jogar. Ela estava sentada e mergulhava dentro do seu mundo, ele estava em pé e seus dedos inquietos rebatiam o apoio do ônibus.  Sinal verde, sinal amarelo, poff... O ônibus freou e aquele mp3 velho do menino caiu sobre o livro aberto da menina. Os passageiros tentaram se recompor, mas os ouvidos da garota captaram a música daquele mp3 velhinho. O menino se desculpou, ela disse que ele não tinha culpa e sorriu. Ele não tinha jeito para sorrisos e, quando sorriu, ela notou que era verdadeiro.  O velhinho do lado da menina ficou brabo e se levantou para resmungar contra o motorista, ele não tinha nada a ver. Senta do meu lado, convidou a menina. Ela não sentiu vontade de saber tudo sobre ele naquele momento, ela só queria tentar roubar outro sorriso dele. O velhinho

O nome dela é Júlia

Vagalumes Cegos by Cícero on Grooveshark      O cheiro dela sempre estava em mim. Eu, deitado naquela minha rede barata na varanda, escutei suas batidas na porta. Como sabia que era ela? É porque ela batia sem espaço de tempo, como se estivesse fugindo da morte e ali era a salvação. Fui montando o meu sorriso que era dela e chamei de meu dengo.  Encaixei meus dedos nos dela e a puxei ao som de Cícero.   Não, isso não acontecia todos os dias e nem sempre meu humor estava naquela medida, mas esqueci de mim um pouquinho e brinquei com ela.  Dancei com ela durante alguns segundos: aqueles seus olhos fechados, corpo leve e sorriso nascendo. Ainda não disse o nome dela, não foi? O nome dela é Júlia. Júlia de 23 anos, ainda voava como criança e tinha um dom de pintar um quadro mais louco que o outro. Finalmente ela ficou sem fôlego e correu para cozinha. Escutei da sala a geladeira se abrindo e a água sendo colocada num dos copos americanos.

Numa dessas prévias de carnaval

           O dengo dela era farsa. Tudo o que eu descobri foi um sorriso de criança que se apaixonava pelos motivos errados. Amiga dos meus amigos, minha amante nas drogas. Não sei ao certo a idade que ela tinha, mas vendo pelo lado da sua irresponsabilidade e da depressão escondida por trás daquela máscara, eu arrisco uns 20. Morena, uns 1,60 de altura, leve como uma pluma (uns 44 kilos) e olhos que me revelavam tudo e ao mesmo tempo nada. Olhos que me inquietavam. Na verdade, sendo direto a esse ponto, seus olhos eram cor de mel. A encontrei quando estava sendo arrastado por um bloco e ela por outro - e, naquelas ruas do Recife, nos deparamos. Numa dessas prévias de carnaval, ela sorriu com cinismo e me puxou para o clima dela. Me fez dançar toda aquela tarde escaldante, e não cansei. Não cansei de estar perto daquela menina perdida e sem previsão de saída. Ela tinha toda aquela energia que me deixava com vontade de ficar. Uma personagem completamente perdida no mundo das fantas