Não me deixe escapar das suas mãos, sou movida por pequenos caprichos. Uma vez caída, demoro a me reerguer. Mesmo que queira fluir todo amor escondido e quase perdido que exista dentro de você sobre mim, lembre-se, também tenho um coração. E ele é (muito) de carne. Aquele meu sorriso pode ser uma saída de um abismo sem fim e nele não a fundo, apenas recordações que levam seu nome. Não quero seguir o mesmo caminho. Deixe-me comigo. Sozinha. Só. Eu.
Fim de tarde. Ônibus lotado. Legião Urbana. A menina ouvia sua música predileta enquanto lia seu livro predileto, o menino ouvia sua música predileta enquanto segurava sua ânsia de chegar em casa e ligar seu computador para jogar. Ela estava sentada e mergulhava dentro do seu mundo, ele estava em pé e seus dedos inquietos rebatiam o apoio do ônibus. Sinal verde, sinal amarelo, poff... O ônibus freou e aquele mp3 velho do menino caiu sobre o livro aberto da menina. Os passageiros tentaram se recompor, mas os ouvidos da garota captaram a música daquele mp3 velhinho. O menino se desculpou, ela disse que ele não tinha culpa e sorriu. Ele não tinha jeito para sorrisos e, quando sorriu, ela notou que era verdadeiro. O velhinho do lado da menina ficou brabo e se levantou para resmungar contra o motorista, ele não tinha nada a ver. Senta do meu lado, convidou a menina. Ela não sentiu vontade de saber tudo sobre ele naquele momento, ela só queria tentar roubar outro sorriso dele. O velhinho
"Sozinha. Só. Eu". (:
ResponderExcluirMeu dia já começa bem tendo suas postagens aqui.
Estamos vivendo um mesmo momento, Ari.
ResponderExcluirHá melhor companhia do que o nosso próprio eu? rs
Beijos-floris.
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