
Isso não é um lamento e nem palavras duvidosas rabiscadas. O que escrevo é uma parte da imortalidade que desejo sobre meus sentimentos de outros tempos. Quando me sentir oco esses escritos me preencherão. Não precisa ser algo materializado. O que sentimos e deixamos de sentir nos preocupa por um corpo inteiro. A noite já deixou de ser minha companheira e me entregou as descaso da madrugada. Aquele era meu terceiro copo de bebida, ao contrario de alguns, a bebida me deixara confuso e irritado. Foi quando aquela senhora entrou. Não a chamo de senhora pela idade, pelo contrario, seu rosto aparentava uma beleza jovial não muito comum. A chamo assim pelo notável anel de ouro em sua mão esquerda. Casada. Ah, como desejei ver um pouco mais do seu corpo. E quando dava outro gole... Tirou com leveza seu casaco de couro. Deixou-o cair no chão imundo daquele bar e andou com sutilidade naquele chão sujo até o palco das meretrizes. Olhos resistiam a acreditar, outros sorriam com ar de malícia e a minoria continuava seu fumo e deixava a fumaça ascender todo o seu rosto. Meus olhos eram daqueles que custavam a acreditar. Seu corpo era alvo, sem manchas sem rugas. Mas seus olhos traziam consigo algo muito sombrio. Delineados de preto e sombras opacas negras eles acompanhava sua pele branca com o vermelho vivo em seus lábios. Deixou seu corpo inexperiente dançar conforme a música. Deixou seus cabelos se soltarem por sua própria vontade. Quereria se expor mas que as outras mulheres. Sentiu vontade de ser a única mulher naquele palco e que todos os olhares apenas se voltassem para ela. Este desejo era estampado nos espelhos da sua alma. Ah, como desejei tocar aquele corpo. Mas a vida é independente e não se importa com o seu pensamento, a vida quer viver e apenas deseja que você siga o ritmo. Seu nome era anônimo, seu corpo intocável. Sou um espectador, não me pergunte quem era ela e por que estava ali. Dei outro gole e levantei. Nossos olhos se encontraram com uma corriqueira sensação de arrepio. Era evidente que outros homens a desejavam, mas aquela mulher seria minha. Caminhei até o palco e o vigia chegou perto. “Ela não é uma das suas” ele saiu. A agarrei pela mão e a puxei comigo. Isso não é um lamento e nem palavras duvidosas rabiscadas. Ainda lembro dos seus sussurros em meus ouvidos. Sabíamos que seria apenas uma noite. Aquela mulher anônima mexe comigo até hoje.
(Arianne Carla)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirque lindo texto "Mas a vida é independente e não se importa com o seu pensamento, a vida quer viver e apenas deseja que você siga o ritmo"
ResponderExcluirsimplesmente perfeito!
Sim, a abstinência me consumia ferozmente.
ResponderExcluirOs meus olhos reclamavam incessantes a falta de deitar o meu olhar deleitoso por linhas tão bem escritas, repletas de belos sentimentos e sensações tão unicamente descritas. A falta do sabor delicioso das suas palavras fazia-se intenso em minha boca, e agora que possuo novamente o doce intenso que essas me causam; Sinto-me contente em demasia, satisfeita por ler texto que cintila a beleza, a que tanto me fazia falta e que se apraz em me seduzir.
Grande beijo querida Arih.
Fico feliz demais por vê-la, e agradeço ao carinho de ter avisado 'pessoalmente' que se ausentaria. Você é demais! Abraço grande.
Arih, leva o selinho oficial do meu blogue. Sinta-se à vontade, querida (:
ResponderExcluirGrande beijo e uma ótima semana!
Com amor,
Cynthia **
Verdade...
ResponderExcluirA vida não se importa com os seus pensamentos.. a gente precisa dançar conforme o ritmo que ela dita!
xD
BJãoo
Obrigado pelas palavras Arianne, acho que vale a pena homenagear, pois quem tem um blog sabe o quanto ele é importante, na verdade ele é um pedaço de nós. muito obrigado e um forte abraço.
ResponderExcluirOlá Arianne
ResponderExcluirVenha participar do SORTEIO de 2 JOIAS... Estamos esperando por vc.
Bjooooooooooooo.............
http://amigadamoda.blogspot.com
Desculpe eu não consigo sentir amor nessa intensidade, gostaria mais nâo consigo.
ResponderExcluirhttp://paradigmasuniversal.blogspot.com/
Uau! Que blog mais perfeito. Amei aqui!
ResponderExcluirEscreves bem demais!
Vou seguir, claro!
Beijos!
Arih, não sabe a felicidade que fiquei quando vi o nome de seu blog e o título desse seu novo e tão voraz texto no meu blog.
ResponderExcluirDe forma violenta e ágil com meu mouse penetrei nesse seu mundo de sensações tão fortes e arrebatadoras. Fazia falta seus contos, mas esse a preencheu de forma surpreendente e eficaz. O desejo do personagem tornou o conto mais ávido, mais sedento. E isso provocou intensidade e ânsias por mais linhas vorazes. Chegando ao epílogo, sentir-me totalmente invadida pela "estória", e mesmo na luta por mais, ela já havia se eternizado em mim.
Seus textos sempre nos fazem sentir essas sensações além do natural, além do mortal. Eles sempre nos causam a devida sensação de E-P-I-F-A-N-I-A!
É sempre um prazer para minha pessoa passar por aqui.
Forte abraço;
garota, sinto como se voce escrevesse esse texto sobre mim, o cara que observa, mas claro, sem fazer a minima ideia de que vc foi capaz de tamanha precisão. Mas isso para vc é facil de ser feito pois voce tem o dom e a facilidade de escrever com sentimentos e com estilo. As benditas palavras devem brotar na sua imaginação. E eu, so posso dizer que fico agradecido, feliz e recompensando por receber suas visitas, ainda que reconheçaa que meu espaço nao seja dos mais dignos e convidativos. Um vira-lata nunca é convidativo em seu latido. Mas sua visita me deixa feliz. Queria muito que soubesse isso tambem. Um beijo carinhoso. Se cuida, ta?
ResponderExcluirFicou lindo tudo aqui!
ResponderExcluirObrigada pelas palavras fiquei muito feliz :)
Nossa! Ari, É um prazer te ler.
ResponderExcluirEu vivi o q vc escreveu! Ficou lindoo!
beijos
Oi Arianne
ResponderExcluirGostei desta sensualidade pouco casual do teu texto, resultado de uma boa mistura de pensamentos e de idéias. Suas descrições, as imagens que você cria, ficou tudo bem colocado!
abraços
ps: Dê uma revisada ortográfica, sei que ninguém gosta de quem aponta erros, no entanto, sei também que é difícil escrever, editar, revisar, tudo sozinho.
Ah, lindo, Arih.
ResponderExcluirFico rindo com pessoas por aí, sabe. GRANDES ESCRITORES também tinham problemas na ortografia. Dostoiévski, até Tolstói em alguns dos seus livros. O que devemos sentir é a essência que eles queriam passar e aqui eu senti tudo. Beijos, flor.
Lindo texto! personagem intrigante!
ResponderExcluirBeijos,
Lou
Humm ..
ResponderExcluirtenho a nítida impressão que vou gostar muito de ler seus textos, se não estivesse atrasada o faria agoraaaa ...
Volto, volto para ler-te...
beijoos querida...
Querida,
ResponderExcluirTalvez haja mesmo intensidade nos meus pequenos poemas, isto porque tento versificar a vida e esta só pode ser bela se for intensa.
beijos e obrigado pelas visitas.
abraços
OI Ariane,
ResponderExcluirVou tentar voltar com mais calma por aqui, pois estou no seviço e está um barulhão. Não consigo me concentrar para ler. Me desculpe.
Bjkas e uma 3ª-feira maravilhosa para vc.
www.gosto-disto.com
E me faltam palavras para tentar descrever... Simplesmente lindo!
ResponderExcluirObrigada pela visita em meu blog.
ResponderExcluirAdorei tudo por aqui.
Escreve com a alma, gosto disso!!
Sempre que puder visitarei seu blog.
Uma ótima semana querida!
Beejo