Você consegue sentir o que aquele escrito passa? Muitos escritores tem essa preocupação. Temem que seus leitores não compreendam ou generalizem suas opiniões, obviamente, alguns desses escritores não se importam com a demanda da crítica, mas em si, da própria divulgação da sua opinião às pessoas. Mas há uma pessoa em especial que pediu muita cautela ao lê-la. Disse que não seria fácil tentar compreendê-la ou decifrá-la, “Sou tão misteriosa que não me entendo”, seria você a primeira pessoa? Estou falando de Clarice Lispector. Uma autora que deixou grandes obras que impacta todo o mundo.
Falar de Clarice é entrar num mergulho sobre você mesmo. Enquanto ela tenta se achar em cada linha, você se procura ao modo dela. Consegue sentir aquela ânsia e um pouco de alivio, mas logo a procura. A essência da simplicidade, ou seja, cheia de mistérios, por que no menos aparente é que se esconde aquela inquietude na procura do reconhecimento, aquele seu, tentando se achar. Nascida em 1920, na Ucrânia e falecida em 1977, no Rio de Janeiro. Ela veio para o Brasil aos dois meses de idade, criou-se no Recife e mudou-se para o Rio de Janeiro aos doze anos. Formou-se em Direito e, aos dezessete anos, escreveu seu primeiro livro, o romance "Perto do Coração Selvagem". Intimista, intensa, misteriosa, nós. Como não definir Clarice a não ser sendo uma parte de nós mesmos? Que não façamos das suas obras clichês repetitivos, mas sim, uma permissão por completa a uma sondagem psicológica sem medidas. Deixe-a fluir em você.
Temperamento impulsivo
“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.” Texto extraído do livro Aprendendo a viver, Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2004.
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Quer conhecer mais de suas obras?
Visite este site (http://www.claricelispector.com.br/obras.aspx) e veja todas as suas obras publicadas.
Site Oficial Clarice Lispector: http://claricelispector.com.br
Blog Oficial: http://claricelispector.blogspot.com/
Então? Você também gosta da Clarice? O que acha dela? Comente.
Adorei! Estou lendo "Água Viva" e acho que, depois desse texto, vou passar a interpretar o livro com outros olhos...
ResponderExcluirAbraços!
Seu blog é lindo! Parabéns!
ResponderExcluirAh, que bom, Lê. Fico feliz em saber que fará isso. :D
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