Chegou semana passada pela editora MartinClaret, o livro “Noites brancas e outras histórias, de Dostoiéviski”. Admito que sou uma viciada psicótica nesse autor e a editora foi super gentil comigo e enviou o exemplar. Recomendo – com toda certeza – esse livro nas férias. É rápida a leitura e você vai sentir o gosto de quero mais. Vi o lado romântico desacerbado do autor, coisa não tivera visto antes em seus escritos. Segue a resenha e boa leitura.
É a narração em primeira pessoa de uma história de um ser anti-social, quase misantropo. No entanto, sua antipatia pela vida social é convincente. Não há como não sentir uma certa empatia pelo narrador. No final, uau!, é de tocar muito até mesmo o coração mais frio. Verossímil, interessante, nada rebuscado. Um texto para guardar na memória para sempre.
A solidão vivida por pessoas que habitam grandes cidades é narrada por Dostoiéviski no livro Noites Brancas. Em decorrência, vêm os sonhos de firmar relacionamentos fortes e duradouros. Assim, o autor constrói o protagonista da história. Diz ele: E as pessoas abanam a cabeça e murmuram: “Como os anos passam depressa!” E perguntam ainda: “Que fizeste durante esse tempo? Chegaste realmente a viver ou não?” “Olha”, dizemos para nós mesmos, “repara que frio faz neste mundo. Basta que passem mais uns anos para que chegue a espantosa solidão, a trêmula velhice que traz consigo a tristeza e a dor. O teu mundo fantástico há de perder então as suas cores, murcharão e morrerão os teus sonhos, e, como as folhas amarelas que tombam das árvores, também eles se desprenderão de ti...” O sonhador, protagonista da história, manifesta, com sutileza, que as imposições da vida não podem ser ignoradas, apesar de seguir contemplando a possibilidade de viver experiências em uma atmosfera fantasiosa de devaneios.
Em uma das noites brancas de São Petersburgo o tímido sonhador conheceu Nástienhka, jovem, ingênua, e também sonhadora, que derramava lágrimas apoiada em uma balaustrada, à espera de um prometido amor. Durante quatro noites brancas os dois de encontram e trocam confidências, até que ele, o sonhador, resolve expor seu encantamento pela jovem que tinha uma vida restrita a satisfazer os caprichos da avó. O diálogo é meloso, digno de jovens apaixonados, que sonham por um mundo romântico. Os encontros se resumem a experimentar a satisfação da proximidade, do diálogo, e do toque, beirando ao amor platônico.
O personagem romântico constrói juntamente com Nástienhka uma atmosfera fantasiosa, capitaneado pelos desejos de um mundo fictício, criado por sonhos, que termina norteando um diálogo sentimentalista.
De volta à realidade, o sonhador se vê desiludido, em um quarto escuro e sujo, e diz: “Talvez a culpa de tudo isso fosse aquele raio de sol que de súbito surgiu por entre as nuvens, para logo depois voltar a esconder-se por detrás de outra ainda mais escura, que anunciava chuva, de tal maneira que todas as coisas se tornaram ainda mais lúgubres e mais sombrias...”
Percebe-se, que o personagem, desiludido, utiliza-se das noites brancas de São Petersburgo para estabelecer relação de perspectiva, prevendo dias mais sombrios e sem sonhos. Apesar do sentimento de dúvida a respeito de novos momentos de felicidade, conclui que os vividos com Nástienhka foram verdadeiros e induz o leitor a acreditar que a felicidade não é eterna, contudo pode ser experimentada em momentos da vida.
O título da obra Noites Brancas se refere a um fenômeno comum na Europa em que, mesmo à noite, o sol não se põe completamente.
Em uma das noites brancas de São Petersburgo o tímido sonhador conheceu Nástienhka, jovem, ingênua, e também sonhadora, que derramava lágrimas apoiada em uma balaustrada, à espera de um prometido amor. Durante quatro noites brancas os dois de encontram e trocam confidências, até que ele, o sonhador, resolve expor seu encantamento pela jovem que tinha uma vida restrita a satisfazer os caprichos da avó. O diálogo é meloso, digno de jovens apaixonados, que sonham por um mundo romântico. Os encontros se resumem a experimentar a satisfação da proximidade, do diálogo, e do toque, beirando ao amor platônico.
O personagem romântico constrói juntamente com Nástienhka uma atmosfera fantasiosa, capitaneado pelos desejos de um mundo fictício, criado por sonhos, que termina norteando um diálogo sentimentalista.
De volta à realidade, o sonhador se vê desiludido, em um quarto escuro e sujo, e diz: “Talvez a culpa de tudo isso fosse aquele raio de sol que de súbito surgiu por entre as nuvens, para logo depois voltar a esconder-se por detrás de outra ainda mais escura, que anunciava chuva, de tal maneira que todas as coisas se tornaram ainda mais lúgubres e mais sombrias...”
Percebe-se, que o personagem, desiludido, utiliza-se das noites brancas de São Petersburgo para estabelecer relação de perspectiva, prevendo dias mais sombrios e sem sonhos. Apesar do sentimento de dúvida a respeito de novos momentos de felicidade, conclui que os vividos com Nástienhka foram verdadeiros e induz o leitor a acreditar que a felicidade não é eterna, contudo pode ser experimentada em momentos da vida.
O título da obra Noites Brancas se refere a um fenômeno comum na Europa em que, mesmo à noite, o sol não se põe completamente.
Noites Brancas e Outras Historias
- Dostoievski
Coleção A Obra-Prima de Cada Autor
- A imensa obra so romancista russo Fiodor Dostoiévski foi uma das mais influentes de seu tempo e a que mais fascínio despertou, quer pelos conflitos de seus personagens, quer por seus temas invulgarmente complexos. O romance Noites Brancas — ”o romance de um sonhador”, como o próprio autor o define no início da obra — foi publicado em 1848. A sua ação, toda impregnada de um intimismo delicado, decorre em São Petersburgo (atual Leningrado). Na cidade fria, buliçosa e distraída cruzam-se duas linhas de duas vidas e dois destinos. O romance foi filmado mais de uma vez com grande sucesso. Neste volume foram incluídas mais quatro histórias do célebre escritor russo.
Código do Produto:
9788572326490ISBN:
8572326499Formato:
11,5x18- Nº de Páginas:192
- Valor:
R$ 14,90

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