
Há uns sete anos atrás sofri um amor platônico. Essa definição pode não caber muito bem, afinal, tínhamos a mesma idade e éramos da mesma turma. Na verdade, nunca soube a definição certa dessas palavras. Tinha em mente que era qualquer tipo de algum amor impossível ou que existisse algum obstáculo enorme que nos impediria de ficarmos juntos. Até certo modo, isto está correto. Tinha uns 11 a 12 anos, assistia a aqueles filmes de comédias românticas e adorava sentir aquela adrenalina do ápice nos filmes: onde a mocinha foge e o amor da sua vida corre atrás, agarra seu braço esquerdo e taca um beijo para um final feliz. Pronto, ali se modelava uma futura mulher iludida cercada de diálogos fracos e nenhum pouco real a nossa vida diária.
Voltando aos meus 11 ou 12 anos de idade, eu estava no fundamental e o vi pela primeira vez. Eu sempre era a primeira chegar porque gostava de ver as pessoas entrando pela porta e quando ele entrou, sim, o vi entrar com uma daquelas músicas que eu tando ouvia na sessão da tarde. Meu coração se acelerava de uma tal forma que estranhava minha respiração tão densa, meu olhar tão focado e minhas mãos trêmulas. Ele sentava do meu lado. E em todas as aulas de matemática eu tinha um curto-circuito em minha mente, mas ele não notava e me ajudava em algumas questões.
É, eu estava me apaixonando. Pelo menos era no que eu acreditava na época. Acreditava que todos esses sintomas era amor. Pensei em ficar mais próxima dele, mas não sabia como chegar a não ser como aquelas personagens que tanto via nos filmes. Um encontro inesperado, um encontro de olhares, uma ida a biblioteca e conversarmos sobre um livro. Ou, até mesmo, dividir meu lanchinho especial com ele. Meu mundo estava tão voltado a ele que tudo o que ele sentia (ou que eu achava que sentia), eu sentia junto. Quando ele faltava uma aula, eu fica em choque. Me perguntando os porquês de tudo e o que teria acontecido.
Mas eu vi meu mundo desmoronar, como uma tsunami que trás uma catástrofe, quando eu vi riscado em sua banca o nome dele e de outra menina. Eu a conhecia. No outro dia eu presenciei ele demonstrando seu amor por ela e ela nem aí. Me perguntei: “Por que você não arrisca em mim?” Mas a questão estava errada. Ele estava passando pela mesma coisa que eu passara todos os dias. De certa forma, eu o entendia. Tentei pensar que não escolhemos o amor que achamos que merecemos, mas que o amor nos acontece nas mais simples escolhas da vida. Eu escolhi amá-lo, mas aquele amor acontecia apenas comigo e eu só dizia que era amor porque os filmes me levavam a isso.
Eu deixei que o tempo cuidasse disso pra mim. E ele resolveu. Não devemos deixar tudo com o tempo, é verdade, algumas vezes temos que ir lá e tomar uma atitude. Porém, aquele amor que eu pensara que tinha, estava se acalmando, se tornando leve, sem peso. Consegui controlar toda aquela chuvada de emoções. Talvez aquele balde de água fria tinha apagado meu fogo sobre ele ou, simplesmente, eu tinha aceitado.
Não podemos obrigar a ninguém a nos amar.
Não podemos obrigar a ninguém a nos amar.
30 dias de escrita, dia 13 (Escreva algo referente a uma citação que goste).
Infelizmente não pude escrever de acordo com o tema, hoje realmente não tive tempo.
Mas me lembrei que tinha escrito uma crônica no blog da Stella (aqui) e
resolvi dividir com vocês.
Afinal, é um texto inédito aqui no blog.
Espero que gostem e comentem sobre o amor platônico de vocês. Eu escrevi sobre o meu. hahaha
Mas me lembrei que tinha escrito uma crônica no blog da Stella (aqui) e
resolvi dividir com vocês.
Afinal, é um texto inédito aqui no blog.
Espero que gostem e comentem sobre o amor platônico de vocês. Eu escrevi sobre o meu. hahaha
AMEEEEEEEI ARIANE *-*
ResponderExcluireu acho engraçado como o conceito de amor sempre muda. a pessoa tem uma relação e pensa que é amor, depois percebe que não era. e vai assim sucessivamente. essas relações platônicas são o maior exemplo.
ResponderExcluirO belo da reciprocidade é exatamente por ela ser espontânea. Lindo texto, darling.
ResponderExcluirOi Ari, primeiro quero agradecer o comentário repleto de carinho que deixou em meu blog, de verdade não tenho como agradecer. Suas palavras me deixaram tão feliz! Realmente, amor é uma coisa que vive mudando, mas parece que as pessoas têm uma idealização sobre o amor, como se existe um único jeito de acontecer! Infelizmente ainda me encontro nessa fase de nunca dizer o que sinto!
ResponderExcluirAh, tem texto novo lá no blog, quando puder me visite. Espero que leia e que goste.
Um super beijo
Seguindo.
http://venenosemacas.blogspot.com.br/
Eu acho que nessa idade todo mundo tem alguma coisa parecida para contar, ou isso ou você tem lido meus diários sem que eu saiba disso, porque (como sempre) me identifiquei muito com o teu texto, eu tenho um toque dramático, não, toque não, um lado meu inteiro e dado ao melodrama e ao exagero, eu já nutri muitos amores platônicos, e hoje é engraçado ver como as coisas aconteceram, como o que parecia um fim na verdade não passava de um começo. Os lábios que eu tanto sonhava em beijar e que nunca se encontraram, os olhares que se distanciavam, as tristezas, os para sempre que sempre acabavam no final do ano. No fundo, bate até uma nostalgia, antigamente era fácil sofrer por amor, porque era leve.
ResponderExcluirLindo Arih, deu até vontade de ter uma amor platônico agora haha.
Beijos, linda.
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