Hey, Tom.
Como você está? Caso você estivesse aqui, eu te convidaria para entrar na minha casa e tomar um chá com duas colheres de açúcar, ouvir sobre os seus projetos ou discutir sobre algum filme de Bergman. Acredito que as coisas não poderiam terem ocorrido de outra maneira. A gente começa a acreditar na fantasia quando começa a fazer parte dela. Sim, estou aqui - estou numa sala repleta de momentos únicos e tão certeiros. Como pular de um penhasco quando não se tem certeza se quer morrer? É como se fôssemos a espada de Excalibur (aquele que só o rei Arthur conseguiu bradar). Estamos sempre a espreita, à espera da pessoa certa a conseguir nos atingir. Sabe, Tom, eu nem sei porque estou escrevendo essa carta - tenho quase certeza que ela não vai sair da minha gaveta e em breve eu irei rasgá-la por não fazer sentindo algum.
Tem momentos em que eu penso nas nossas corridas de bicicletas, nas idas ao cinema, da lanchonete lotada. Também consigo recordar de como você me conseguia um sorriso fácil e da certeza que eu tinha que meus olhos conseguiam penetrar no mais fundo da sua alma - mesmo que eu não conseguisse compreender como tinha chegado lá. Mas isso me deixava chateada, porque não conseguia sentir o mesmo em mim. Não ter certeza é tão cruel, não é? Parece que machuca mais e mais um pouco. Mas eu tinha certeza desde o início - talvez você tenha tentado tirar a Excalibur e, mesmo falhando na primeira tentativa, você foi tentando todos os dias na esperança de um dia conseguir.
Tem momentos em que eu penso nas nossas corridas de bicicletas, nas idas ao cinema, da lanchonete lotada. Também consigo recordar de como você me conseguia um sorriso fácil e da certeza que eu tinha que meus olhos conseguiam penetrar no mais fundo da sua alma - mesmo que eu não conseguisse compreender como tinha chegado lá. Mas isso me deixava chateada, porque não conseguia sentir o mesmo em mim. Não ter certeza é tão cruel, não é? Parece que machuca mais e mais um pouco. Mas eu tinha certeza desde o início - talvez você tenha tentado tirar a Excalibur e, mesmo falhando na primeira tentativa, você foi tentando todos os dias na esperança de um dia conseguir.
Mas é o destino. Irônico, não? Parece que o amor realmente existe e acreditei nele quando estava na lanchonete lendo aquele livro do Dorian Gray. Aquele rapaz foi a minha beleza escondida que eu recusava a ver. A certeza de algo que não imaginava que existisse. Sabe, Tom, não houve um nós. Houve uma tentativa de troca, uma possibilidade, uma pontinha de esperança em meio a ventania. Você é um rapaz incrível. Ainda dou risada quando lembro da sua voz desajustada e da sua coreografia estranha. Quando dançamos pela primeira vez e senti sua presença tão protetora a mim, do seu rosto encostado ao meu e do seu sorriso tão seu, estranho, talvez.
Eu entendi que a gente não escolhe com quem a gente vai se envolver, se encantar, se apaixonar. As coisas só mudam quando você recebe a resposta da outra pessoa e começa com ela aquilo que você nunca imaginou que iria passar. É como estou, Tom. Estou numa trilha que nunca imaginei que iria escolher. Você me encontrou, mas eu estava na outra rua, numa outra estrada, numa outra direção. Fui sua miragem por pouco tempo e parece que fui causadora de um estrago. Pude ver o amor de outra maneira e isso me deixou preocupada. Mas algo rápido. Dessa eu vez eu tenho certeza. É a certeza que não pude sentir com você. É algo tão duro, não acha? As palavras podem ser mais duras do que imaginamos, mesmo que sejam as palavras que devemos ouvir.
Eu sei que você ainda vai sentar naquele banco e observar as coisas de outra maneira. Hoje eu acredito no amor porque ele não desistiu de mim. É engraçado como as coisas acontecem por acaso e permanecem por todos os motivos do mundo.
Eu sei que você ainda vai sentar naquele banco e observar as coisas de outra maneira. Hoje eu acredito no amor porque ele não desistiu de mim. É engraçado como as coisas acontecem por acaso e permanecem por todos os motivos do mundo.
Que você encontre a pessoa pelo seu caminho e não precise pular muros para encontrá-la. Quando desviamos daquilo que traçamos para nós, temos o risco de nos perdermos e nunca mais voltarmos. Estou torcendo, Tom. Uma mulher que goste de dançar abraçadinho enquanto você sussurra no ouvido, que goste de ficar no lado direito do cinema e pipoca misturada com bacon. Que não te trate com tanta indiferença. É, é isso.
Até um dia, até uma leitura...
(Me desculpem por esse texto, não entendi bem o porquê de escrevê-lo, mas ele tá aí. )
Minhas redes sociais:
Nossa seu blog é incrível! você é uma autora e tanto parabéns! quando seus livros forem lançados eu compro! :D
ResponderExcluirDivulgue seu blog aqui:
http://adoleplanet-divulga.blogspot.com.br
;D
É tão bom ler isso, Saah. Muito obrigada pelo apoio! Quero ver comprando mesmo. ❤
ExcluirFicou lindo, embora melancólico. A história rende bem uma reflexão íntima sobre o encontro com Tom. Não houve "nós", mas houve um encanto que soube despertar sensações, sonhos, desejos. É uma pena que eles não estejam juntos. No fim parece frustrante.
ResponderExcluirMas um conto lindo Ari.
Beijo!!
ps: também atualizei meu blog com um conto. Você vai gostar. E o fim é inesperado rs
Muito obrigada, Alexandre. Apesar de ter uns errinhos (ainda não arrumei), confesso que esse é um texto melancólico e sofrido p/ o destinatário.
ExcluirAdoro 500 dias com ela ^^ Gostei do texto. Algo que realmente poderia ter acontecido.
ResponderExcluirhttp://www.profanofeminino.com/
Também adorei o filme. :')
ExcluirNão assisti o filme ainda e seu texto me deixou com muita vontade de assistir .
ResponderExcluirhttp://cheirinhodealgodao.blogspot.com.br/
Assista, assista. É muito bom!
ExcluirCoisas tristes em forma de poesia são sempre tão agradáveis aos olhos.
ResponderExcluirVocê me surpreendeu. Nunca li uma carta escrita pelo "outro lado da moeda"... sempre vejo alguém que sofre por um amor escrevendo para aquele(a) que o(a) fez sofrer.
Não sei se gostaria de ler algo assim um dia. Às vezes tenho medo da verdade, sabe? Às vezes prefiro não saber o que se passa na tentativa de sustentar as possibilidades... parece que fantasiar é melhor. Coisa de gente covarde. Um dia eu mudo.
Parabéns pelo texto feito "sem querer".
Que comentário lindo, Rodrigo. É sempre uma honra te ter por aqui. E, muito obrigada por essa sua observação. :')))
ExcluirAdorei a parte que fala "... do seu sorriso tão eu.." e logo que li, pensei em alguém u-u
ResponderExcluirDe: Adolescente Para: Adolescente
eu amei o texto, é tão a Summer , parece que foi ela mesmo que escreveu , ao menos eu tive essa impressão lendo.
ResponderExcluirQue lindo, Arih! Adorei o texto!
ResponderExcluirBeijinhos
www.burguesinhas.com.br
Ficou lindo.. Meio triste, mas isso não tira a beleza do texto. Adorei!
ResponderExcluirBlog | Facebook
Que o Tom possa me encontrar!
ResponderExcluirMais um texto lindo né, Ari?!
ResponderExcluirQue você encontre a pessoa pelo seu caminho e não precise pular muros para encontrá-la.
ResponderExcluirÉ bem isso que estou esperando *-*
Ameeei !!! Cara 500 dias com ela , virou uns dos meus filmes favoritos. Essa carta parecia muito real, consegui imaginar ela escrevendo isso para ele. Parabéns o texto está lindo !!!
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