Ela busca os seus olhos. Ele busca sua boca.
As memórias passadas vinham a tona.
- Veja-me! – exclamou uma voz feminina – Continuo aquela magrela com finas pernas! Apenas cresci na estatura para desalinhar ainda mais minha aparência.
- Vejo-te como uma mulher. Uma linda mulher – persuadiu uma voz masculina com astúcia.
– Dizes isso porque és um homem. Homens tendem disso – virou seu rosto, parecia moldar uma cara irritada, mas seu tom é carismático.
- Na verdade, continuamos como verdadeiras crianças. – exclamou inesperadamente para o seu primo.
– Mostrar-te-ei uma pequena diferença, prima.
Na verdade, eles estariam discutindo a infância no sofá da sala da Vovó. Mas precisamente este ofício ficara com a prima, já que seu primo demonstrava clareza em suas respostas. Ele sabia que não eram mais crianças, ela sabia que a melhor decisão era enganar-se a si. As formas de seus corpos teriam se modificado. Despertavam ali um homem e uma mulher que relembravam os seus tempos de criança. Definitivamente as sensações primeiramente sentidas já não seriam mais as mesmas. E ele sabia disso. O primo se aproximou um pouco mais da prima, no momento de deslize da mesma. Ele roçou seus dedos másculos – dedos perturbadores para a mente feminina – em meados de sua cocha mais próxima a ele. Ela se assustou, seu tecido epitelial arrepiou-se involuntariamente, ela iria falar algo, mas o seu primo fora mais rápido e aproximou seus lábios em seu ouvido – Se arrepiou, não? – ele deu um sorriso baixo. O seu tom era sarcástico. Ele ousou em subir mais um pouco sua mão levada, e moldou com sua mão toda a cintura formosa da prima. Ela lembrou que uma vez brincaram na areia de moldar o seu corpo na terra, naqueles dias eram risos, hoje eram arrepios. O corpo da prima já cairia aos poucos no deslize hormonal, e decairia um pouco mais sobre o sofá. Ela sabia que cederia, ele sabia que ela sabia.
Eles agora não mais falavam a língua dos homens, aprenderam rápido o linguajar apenas falado em momentos de posse conjugal. Os raios quentes que transpassavam a janela da sala, agora ofuscavam aquele corpo despedido que antes envergonhado estaria sendo tocado veemente por mãos graciosas. Ele beijava loucamente seus pés, suas cochas, seu corpo. Ela não imaginava mais o passado. Suas mãos saberiam como moldar à seu gosto seus seios redondos e os graciosos agradecimentos eram proferidos ao relento de suas audições. Passaram a perpetuar o sublime do minuto presente e a transfigurar o sublime do minuto seguinte. Para eles aquelas cogitações de ligações não teriam fim. Passos vinha ao seu ninho, eles não se interessavam nos sons dos fundos. A prima ecoará o desmanche da felicidade, as mãos dos primos decaíram lentamente pelo seu corpo nu. Eles estavam satisfeitos. Ela sabia que era uma mulher, ele sabia que a tinha tornado uma mulher.
– Veja-me... – exclamou desta vez com uma voz cansada. – Olhe-me... – ele a cortou. – As sensações sentidas hoje não serão as mesmas sentidas amanhã.
Ela busca os seus olhos. Ele busca um refúgio desconsolado nos olhos da avó. Horrorizada, era a única telespectadora da cena dos primos.
Ps: Eu sei que esse conto é fraquinho, mas foi a epifania lançada há uns dias e estava com saudade de atualizar por aqui.
Fraquinho? Fala sério?!
ResponderExcluirVocê escreve muito bem!
Alias, ainda não tive tempo para dizer que achei muito boa e genial a sua ideia da Academia, sério, parabéns!
Adorei essa frase: Por favor, leia-me com paciência. Leia-me com intensidade e misture um pouco com o verbo: sentir.
Lindo seu blog! *-*
adorei. muito bom. intenso e profundo, parabéns Arianne. *---*
ResponderExcluirbeijos, Raíssa
smileonly-now.blogspot.com
Que mané fraquinho. O conto é ótimo.. Como sempre os seus contos possuem aquele 'quê' de verdade, o que deixa espaço para gente sentir e imaginar!
ResponderExcluirAdorei o trecho em que diz: "Passaram a perpetuar o sublime do minuto presente, e a transfigurar o sublime do minuto seguinte."
Cheio de poesia, seu jogo com as palavras é ótimo!!!!
Cara, que chocante. É o tipo de conto que te prende, dá asas à imaginação, cria um cenário, daqueles com fumaça, na tua mente. Tá de parabéns.
ResponderExcluirUm conto bem pequeno com uma grande força de expressão. Tem todo um quê erotico.
ResponderExcluirMuito bem escrito, parabéns!!
Menina, linda!!
ResponderExcluirO seu conto ficou perfeito!
Fiquei emocionada e feliz quando vi seu comentário no meu blog =)
E de verdade, adorei seu conto!
''Eles agora não mais falavam a língua dos homens, aprenderam rápido o linguajar apenas falado em momentos de posse conjugal.''
adorei essa parte tbm... *-*
Parabéns!
bjus
Não é fraquinho nada, guria! Tri bom o conto! Adorei ter lido e com certeza voltarei e lerei mais, pois, bem mereces ser lida!
ResponderExcluirUm abraço! Feliz Ano Novo!
muitissimo obrigada *-*
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado tanto de meu blog assim :D
Pode voltar sempre que quiser. E tente novamente até conseguir entrar nos meus seguidorees, rs. *-*
beeeeijos
ficou lindo *-*
ResponderExcluirLindo mesmo, um dos meus preferidos agora...!
beiijos
Candy L.
Ahhhhhhhhhhhhhh! Ameeei *---*
ResponderExcluirGarota vs tem um dom que poucos têm
escreve meuito bem e prende a atenção de
quem lê. Também consegue causar sentimento...
Ler seu texto me trouxe uma nostalgia DAKELAS. *-*
Beijos
Gostei muito! :) Eu aqui encontro muito bons textos, e histórias muito bonitas. Escreves muito bem! :D
ResponderExcluirOlá! Gostei do texto, tu mexeste com sensualidade, sexualidade, tabus e receios de uma forma leve e atraente, sem ser muito de uma coisa só. Gostei mesmo. =)
ResponderExcluirAparece lá, eu não estou postando muito, mas se tiveres tempo, dá uma olhada nos mais antigos, alguns até que são bacanas. Adoro comentários, hehehehe.
Beijão!
Oi, Ari!
ResponderExcluirObrigada pela visita e comentário registrado em meu blog. Inflou meu ego!
Adorei seu cantinho clean e com palavras muito bem escritas.
Ah! Muito bom o conto...
BjO*
Selo para você no meu blog, querida (:
ResponderExcluirnoss, vo escreve bem pra caramba *O*
ResponderExcluirparabéns e sucesso ;*
Querida, tens selo pra ti no meu blog
ResponderExcluirPassa lá.
Beijo enorme
Seu texto fez duas coisas que raramente me provocam quando leio algum. A primeira foi sublime, tocou meu coração. A segunda, é uma característica da escrita que acredito ser maravilhosa quando existe num texto, que é a capacidade de formular nítidas imagens na imaginação do leitor.
ResponderExcluirSua criatividade e sua intensidade, pelo menos do eu-lírico, são muito bem expressas neste texto. Fiz como disse, não tentei te entender, tentei te sentir. E consegui.
Parabéns pelas belíssimas palavras, você definitivamente possui o talento da escrita.
aah Arih, o conto ficou ótimo! Lindo como sempre *-*
ResponderExcluirDesejo que 2011 seja doce pra ti. E repleto de alegrias e felicidades.
Feliz Ano Novo!
beijo :*
Arih, tem selinho pra ti no meu blog.
ResponderExcluirEspero que goste.
beijo :*
Seu modo de escrever é fantástico, tem um jogo de palavras muito bom! E eu também adorei a frase do começo do blog, é genial!
ResponderExcluirEnfim, queria de entregar esse selo: http://thisunderdog.blogspot.com/2010/12/selo-de-qualidade.html
Feliz ano novo para você, tudo de bom!
Agradeço a todos os selinhos e os comentários!
ResponderExcluirVocês não sabem como isso me deixa super feliz. *-*
Irei responder os comentários em janeiro (UASHUAHSUHAU) nem tá longe, né?
Ganhei selos de pessoas super especias. Obrigada, gente. E uma ótima entrada de ano para todos vocês!
pode-se dizer que é muitobom esse seu conto! realmente uma surpresa no final: a avó percebendo que seus netinhos nada inocentes estavam descobrindo a vida..........
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