Esta música me faz relaxar. Quando a ouvi pela primeira vez, ano passado, foi início de uma inspiração para uma personagem de um dos meus contos. Não sou como a Clarice que enjoa dos seus textos depois que os publica. Certo, de alguns não tenho mais o gosto de reler e outros que nem chego ao término, enjoo realmente. Mas o conto “Destino monótono”, título bem peculiar, não acham? Realmente mudou minha perspectiva. A vida da Vik (não a que saiu de casa, gente – isso é outra estória) conseguiu espantar a minha e essa música ajudou bastante para a criação. A tradução pode ser nada a ver, mas o ritmo e o timbre da Lily me fez ouvir e sentir a música por outro ângulo. Não sei se vai ser assim com você, mas aproveite este som e se envolva. Uma ótima semana pra você.
Fim de tarde. Ônibus lotado. Legião Urbana. A menina ouvia sua música predileta enquanto lia seu livro predileto, o menino ouvia sua música predileta enquanto segurava sua ânsia de chegar em casa e ligar seu computador para jogar. Ela estava sentada e mergulhava dentro do seu mundo, ele estava em pé e seus dedos inquietos rebatiam o apoio do ônibus. Sinal verde, sinal amarelo, poff... O ônibus freou e aquele mp3 velho do menino caiu sobre o livro aberto da menina. Os passageiros tentaram se recompor, mas os ouvidos da garota captaram a música daquele mp3 velhinho. O menino se desculpou, ela disse que ele não tinha culpa e sorriu. Ele não tinha jeito para sorrisos e, quando sorriu, ela notou que era verdadeiro. O velhinho do lado da menina ficou brabo e se levantou para resmungar contra o motorista, ele não tinha nada a ver. Senta do meu lado, convidou a menina. Ela não sentiu vontade de saber tudo sobre ele naquele momento, ela só queria tentar roubar outro sorriso dele. O velhinho
é bem reflexivo o trecho dessa música, combina comigo, cabe a mim querer seguir... :S
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