Pular para o conteúdo principal

De asas preciso, amor meu.



O que é liberdade quando te tenho aqui?
Me sinto presa ao teu sorriso: cheio de graça.
Acho que preciso de asas, amor meu.


Você já voou.
Quero ficar solta.
Quero asas.


Voar:
Vês?


Se não,
Me solta e ficarei livre.
De asas preciso, amor meu.


Vou te levar dentro do coração,
onde não há nenhuma enganação 
e lembrarei dos momentos intensos que dividimos: uma só carne.


Esquecerei dos choros e daquelas dores.
Um novo amor já te tomou,
Você já voou.


Asas, preciso de asas.
Quando te tenho aqui (ainda dentro de mim) tenho liberdade?
Sem asas.










Ps: Talvez esteja confuso... Mas é um desabafo. Estou tentando visitar os blogs queridos, minha net está horrível. Uma ótima noite para todos vocês. 

Comentários

  1. Que encanto... Simples palavras e grandes impactos. Estou sentindo seu coraçãozinho tristonho nesses dias. Não fique assim, você é mais! Uma moça incrível, viu?
    Abraços!

    ResponderExcluir
  2. Todo sentido,querida. Fez todo sentido.

    Belíssimo!
    Bom final de semana. Um beijo! =*

    ResponderExcluir
  3. Tens razão: relacionar-se é, inclusive, achar a liberdade com o outro. De nada adianta, e digo isso por experiência própria, um amor que te prenda, que te aprisione, que te corte as asas, como fazem às galinhas para não escapar do cativeiro.

    ResponderExcluir
  4. Mesmo confuso deu para compreender a dor e a liberdade que você sente e precisa. Saiba que asas podem ser simbólicas, mas alçar voou, é muitas vezes necessário, mesmo que nossos pés nunca saim do chão. Boa tarde, tenho postagem nova!

    ResponderExcluir
  5. Que lindo. Sem palavras.
    Adorei, beeijão ;*


    Ewerton Lenildo - Academia de Leitura
    papeldeumlivro.blogspot.com
    @Papeldeumlivro

    ResponderExcluir
  6. Fortes entendem.


    Voar ou se tornar um pássaro encarcerado é sua escolha, e de mais ninguém.

    ResponderExcluir
  7. Eu adorei e para mim fez sentido sim!

    ResponderExcluir
  8. "Vou te levar dentro do coração,
    onde não há nenhuma enganação "
    Maravilhoso!
    bjs:*

    ResponderExcluir
  9. Ficou ótimo Ari, eu realmente adorei!
    Você escreve belo poemas.

    ResponderExcluir
  10. Oi, nossa net está terrível, pagamos por um produto e recebemos outro, mas...Vamos poetizar, aos poetas e poetizas cabe com a rima do coração amenizar estas dores e problemas qtanto afligem aos mortais, belo poema o seu, li, reli e trili e tri gostei, achei tri legal tchê, pra vc bjos, bjos e bjossssssssssssss

    ResponderExcluir
  11. Liberdade, todos queremos mas poucos sabem o que de fato significa...

    Deu pra entender o que vc quis dizer ;)

    Beijos

    ResponderExcluir
  12. Vc escreve muito bem!
    Visita?! prifiigueredo.blogspot.com
    decotti.blogspot.com
    =**

    ResponderExcluir
  13. Sua linda, um cheiro bem grande.. =))

    @Haylla_bsb

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente, opine, critique.

Postagens mais visitadas deste blog

As minhas aventuras com Eduardo Galeano l Resenha #01

Memorizar datas sempre é uma tarefa difícil para mim, por isso que eu não quero arriscar uma data específica do dia que conheci, de fato, o escritor Eduardo Galeano. Chuto dizer que o conheci em meados de 2010, e o lugar do encontro não poderia ter sido melhor: numa biblioteca pública do estado de Pernambuco, localizada no centro da cidade do Recife. Foi através de um amigo que pude conhecer Galeano e os seus infinitos abraços através de grandes histórias.   Uruguaio, Eduardo Galeano (1940-2015) traz em seus textos uma mistura de inquietações que nos são poeticamente compartilhadas. A beleza, a emoção e o sofrimento sendo descritas em poucas linhas e que nos transbordam com reflexões. A minha primeira leitura de Galeano foi “O Livro dos Abraços”, da editora L&PM, com tradução do Eric Nepomuceno. E, segundo o tradutor, Galeano foi o único escritor a revisar com ele todas as linhas das obras traduzidas antes de serem oficialmente publicadas no Brasil. Isso mostra o carinh

Eduardo e Mônica*

Fim de tarde. Ônibus lotado. Legião Urbana. A menina ouvia sua música predileta enquanto lia seu livro predileto, o menino ouvia sua música predileta enquanto segurava sua ânsia de chegar em casa e ligar seu computador para jogar. Ela estava sentada e mergulhava dentro do seu mundo, ele estava em pé e seus dedos inquietos rebatiam o apoio do ônibus.  Sinal verde, sinal amarelo, poff... O ônibus freou e aquele mp3 velho do menino caiu sobre o livro aberto da menina. Os passageiros tentaram se recompor, mas os ouvidos da garota captaram a música daquele mp3 velhinho. O menino se desculpou, ela disse que ele não tinha culpa e sorriu. Ele não tinha jeito para sorrisos e, quando sorriu, ela notou que era verdadeiro.  O velhinho do lado da menina ficou brabo e se levantou para resmungar contra o motorista, ele não tinha nada a ver. Senta do meu lado, convidou a menina. Ela não sentiu vontade de saber tudo sobre ele naquele momento, ela só queria tentar roubar outro sorriso dele. O velhinho

Numa dessas prévias de carnaval

           O dengo dela era farsa. Tudo o que eu descobri foi um sorriso de criança que se apaixonava pelos motivos errados. Amiga dos meus amigos, minha amante nas drogas. Não sei ao certo a idade que ela tinha, mas vendo pelo lado da sua irresponsabilidade e da depressão escondida por trás daquela máscara, eu arrisco uns 20. Morena, uns 1,60 de altura, leve como uma pluma (uns 44 kilos) e olhos que me revelavam tudo e ao mesmo tempo nada. Olhos que me inquietavam. Na verdade, sendo direto a esse ponto, seus olhos eram cor de mel. A encontrei quando estava sendo arrastado por um bloco e ela por outro - e, naquelas ruas do Recife, nos deparamos. Numa dessas prévias de carnaval, ela sorriu com cinismo e me puxou para o clima dela. Me fez dançar toda aquela tarde escaldante, e não cansei. Não cansei de estar perto daquela menina perdida e sem previsão de saída. Ela tinha toda aquela energia que me deixava com vontade de ficar. Uma personagem completamente perdida no mundo das fantas