Algumas pessoas precisam pular de paraquedas para sentirem a adrenalina surtir efeito dentro de si, comigo, as coisas são diferentes. Comigo, a cada linha que escrevo até chegar ao seu ponto final, é uma sensação de suspense mais adrenalina para saber como irá terminar aquele período. Preciso estar em contato direto com o personagem ou comigo mesmo para saber lidar com aquilo que estou escrevendo. Tem dias que chego ao céu, tem dias que chego ao inferno. A gente nunca sabe qual será o nosso destino. Escrever pra mim é além de encontro consigo mesmo, é uma maneira sensível de conectar-se com alma. Transmitir o que ela é e o que ela sente. O desconhecido que pode se tornar perigoso. Escrever pra mim também é uma aventura, apego, saudade, amor, compaixão, raiva. Não é apenas alívio, às vezes sinto aflição - poucos sabem, mas escrever é um risco de morte que poucos tem a coragem de enfrentar. A escrita também pode ser bipolar: uns dias pode ser amor, outros dias pode ser apenas dor. P...